Mais um turista que estava a bordo do cruzeiro de bandeira bahamenha, retido no Recife desde a manhã desta quinta-feira (12), apresentou sintomas de infecção por coronavírus.
 

A pessoa, de sexo não informado, foi transferida nesta sexta-feira (13) por uma equipe do Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgência) para um hospital particular do Recife. De acordo com a SES-PE (Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco), apresentou febre e dificuldade de respirar.
 
É o segundo caso suspeito no navio. Nesta quinta-feira (12), um turista canadense que estava na embarcação apresentou sintomas do novo coronavírus e também foi encaminhado a um hospital particular. A expectativa é de que o resultado dos testes divulgado ainda nesta sexta-feira (13).

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) foi acionada. Os passageiros estão impedidos de descer do navio e o lixo da embarcação não pôde ser descartado. No entanto, na quinta-feira, alguns deles passearam pelas ruas do centro do Recife.

André Longo, secretário estadual de Saúde, declarou que o governo está em contato com a Anvisa e avalia medidas sobre novos desembarques no porto do Recife.
 
O navio, com 318 passageiros e 291 tripulantes, após sair das Bahamas, passou por Itajaí (SC), Paraty (RJ), Búzios (RJ) e Salvador (BA), onde tinha feito a última parada.
 
PROTOCOLO – Antes de um navio atracar, é de praxe que seja emitida a “declaração de saúde” – boletim pelo qual a Anvisa é informada de ocorrências atípicas, como casos de febre ou diarreia a bordo. Somente após a análise deste documento é que os passageiros podem desembarcar. O relatório também é disponibilizado pelo comandante do navio aos órgãos anuentes, como Capitania dos Portos, Receita Federal e Polícia Federal, cerca de 24 horas antes do horário previsto de chegada da embarcação. Em um caso suspeito, o comandante do navio deve providenciar a lista de viajantes com identificação de função, cabine, possíveis contatos a bordo, escalas e conexões.