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Os guardas municipais que foram humilhados pelo desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) Eduardo Siqueira vão ser condecorados pelo governo de Santos.
Cícero Hilário Roza Neto e Roberto Guilhermino foram intimidados pelo magistrado, após este receber uma multa por não utilizar máscara enquanto caminhava na praia, desrespeitando decreto municipal publicado durante a pandemia de COVID-19.
"O momento que fiquei mais chateado foi quando me chamou de analfabeto e perguntou se eu sabia ler", contou Cícero em uma live na página do prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), neste domingo (19/7). "Quando eu cheguei em casa, minha filha perguntou o que eu tinha feito para ele agir daquele jeito comigo, mas eu não sabia o que responder, só disse que estava fazendo meu trabalho", comentou.
Continue sempre bem informado.Assine o Estado de Minas
Já o guarda municipal que filmou a ação, Roberto Guilhermino, disse que o momento delicado exigiu calma durante a abordagem. "A gente trabalha em situações e vamos adquirindo experiência e aprendendo a ter a conduta de manter a calma. Por trás da pessoa fardada tem um ser humano que corre atrás, luta, batalha e estuda, para (então) vir um cidadão nos chamar de analfabetos e perguntar se sabemos ler", relembrou.
Prefeito condenou ato do desembargador
O prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), também publicou uma carta e criticou o desembargador. Para ele, esse é "o perfil da arrogância e da prepotência de alguns homens públicos que usam da sua posição privilegiada para desrespeitar a sociedade, macular as próprias instituições a que pertencem e o que é pior: menosprezar o agente da lei e humilhar o ser humano", comentou. "É lamentável. A carteirada é de uma era que já passou, a sociedade não admite mais isso", completou (leia íntegra abaixo).
O desembargador recebeu duas multas: uma por não cumprir a obrigação do uso da máscara, previsto em decreto municipal, e outra por descarte de lixo em local inadequado. As duas infrações somam R$ 300,30.
Relembre o caso
Eduardo Siqueira se tornou assunto nacional após a divulgação do vídeo no qual se recusa a usar máscara na rua e ainda ofende os membros da guarda municipal que o abordam. Em determinado momento, ele se refere a um dos guardas como "analfabeto". “Você vai ver com quem está se metendo”, ameaça.
Em um outro vídeo, o desembargador reclama da ação do guarda municipal e, em determinado momento, fala francês para demonstrar superioridade em relação aos agentes de segurança.
O Tribunal de Justiça de São Paulo informou que, ao tomar conhecimento, determinou imediata instauração de procedimento de apuração dos fatos; requisitou a gravação original e ouvirá, com a máxima brevidade, os guardas civis e o magistrado. A nota da assessoria de imprensa completa que o TJSP não compactua com atitudes de desrespeito às leis, regramentos administrativos ou de ofensas às pessoas.
Leia a íntegra da carta do prefeito de Santos
Carta aos Santistas
O vídeo gravado nas praias de #Santos, que está circulando por todo o Brasil, explica o perfil da arrogância e prepotência de alguns homens públicos, que usam da sua posição privilegiada, para desrespeitar a sociedade, macular as próprias instituições a que pertencem e o que é pior: menosprezar o agente da lei e humilhar o ser humano.
Infelizmente, Santos voltou a ser assunto por esses maus exemplos, de pessoas que insistem em desafiar as regras, o bom senso e o dever de consideração ao próximo. Para todos aqueles que desejam fazer valer os seus interesses e os seus direitos, mas que se esquecem da obrigação de prestar contas de seus atos à sociedade da qual fazem parte, é necessário lembrar que o Santista não tolera esse comportamento e eu, enquanto prefeito da cidade, repudio veementemente essas ações irresponsáveis.
Santos não é a cidade da carteirada. Aqui o nosso cidadão fala mais alto e é o homem público que tem que saber com quem está falando. Aqui reagimos aos tipos que dizem: “Cidadão não; engenheiro civil formado”
Independentemente da profissão, nossos munícipes devem ser tratados com dignidade. O respeito ao ser humano é o verdadeiro título do Santista que honra a nossa cidade. Aqui vale a carteira do cidadão.
Parabenizo a conduta da Guarda Municipal e agradeço pela lição de cidadania, competência e serenidade, demonstrada em todos os momentos dessa ocorrência e que certamente servirá de exemplo para todo o Brasil.
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Cícero Hilário Roza Neto e Roberto Guilhermino foram intimidados pelo magistrado, após este receber uma multa por não utilizar máscara enquanto caminhava na praia, desrespeitando decreto municipal publicado durante a pandemia de COVID-19.
"O momento que fiquei mais chateado foi quando me chamou de analfabeto e perguntou se eu sabia ler", contou Cícero em uma live na página do prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), neste domingo (19/7). "Quando eu cheguei em casa, minha filha perguntou o que eu tinha feito para ele agir daquele jeito comigo, mas eu não sabia o que responder, só disse que estava fazendo meu trabalho", comentou.
Continue sempre bem informado.Assine o Estado de Minas
Já o guarda municipal que filmou a ação, Roberto Guilhermino, disse que o momento delicado exigiu calma durante a abordagem. "A gente trabalha em situações e vamos adquirindo experiência e aprendendo a ter a conduta de manter a calma. Por trás da pessoa fardada tem um ser humano que corre atrás, luta, batalha e estuda, para (então) vir um cidadão nos chamar de analfabetos e perguntar se sabemos ler", relembrou.
Prefeito condenou ato do desembargador
O prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), também publicou uma carta e criticou o desembargador. Para ele, esse é "o perfil da arrogância e da prepotência de alguns homens públicos que usam da sua posição privilegiada para desrespeitar a sociedade, macular as próprias instituições a que pertencem e o que é pior: menosprezar o agente da lei e humilhar o ser humano", comentou. "É lamentável. A carteirada é de uma era que já passou, a sociedade não admite mais isso", completou (leia íntegra abaixo).
O desembargador recebeu duas multas: uma por não cumprir a obrigação do uso da máscara, previsto em decreto municipal, e outra por descarte de lixo em local inadequado. As duas infrações somam R$ 300,30.
Relembre o caso
Eduardo Siqueira se tornou assunto nacional após a divulgação do vídeo no qual se recusa a usar máscara na rua e ainda ofende os membros da guarda municipal que o abordam. Em determinado momento, ele se refere a um dos guardas como "analfabeto". “Você vai ver com quem está se metendo”, ameaça.
Em um outro vídeo, o desembargador reclama da ação do guarda municipal e, em determinado momento, fala francês para demonstrar superioridade em relação aos agentes de segurança.
O Tribunal de Justiça de São Paulo informou que, ao tomar conhecimento, determinou imediata instauração de procedimento de apuração dos fatos; requisitou a gravação original e ouvirá, com a máxima brevidade, os guardas civis e o magistrado. A nota da assessoria de imprensa completa que o TJSP não compactua com atitudes de desrespeito às leis, regramentos administrativos ou de ofensas às pessoas.
Leia a íntegra da carta do prefeito de Santos
Carta aos Santistas
O vídeo gravado nas praias de #Santos, que está circulando por todo o Brasil, explica o perfil da arrogância e prepotência de alguns homens públicos, que usam da sua posição privilegiada, para desrespeitar a sociedade, macular as próprias instituições a que pertencem e o que é pior: menosprezar o agente da lei e humilhar o ser humano.
Infelizmente, Santos voltou a ser assunto por esses maus exemplos, de pessoas que insistem em desafiar as regras, o bom senso e o dever de consideração ao próximo. Para todos aqueles que desejam fazer valer os seus interesses e os seus direitos, mas que se esquecem da obrigação de prestar contas de seus atos à sociedade da qual fazem parte, é necessário lembrar que o Santista não tolera esse comportamento e eu, enquanto prefeito da cidade, repudio veementemente essas ações irresponsáveis.
Santos não é a cidade da carteirada. Aqui o nosso cidadão fala mais alto e é o homem público que tem que saber com quem está falando. Aqui reagimos aos tipos que dizem: “Cidadão não; engenheiro civil formado”
Independentemente da profissão, nossos munícipes devem ser tratados com dignidade. O respeito ao ser humano é o verdadeiro título do Santista que honra a nossa cidade. Aqui vale a carteira do cidadão.
Parabenizo a conduta da Guarda Municipal e agradeço pela lição de cidadania, competência e serenidade, demonstrada em todos os momentos dessa ocorrência e que certamente servirá de exemplo para todo o Brasil.