Uma interceptação telefônica da Polícia Civil do Rio de Janeiro reforça a suspeita de que os responsáveis pela execução do atentado que deixou três médicos mortos e um gravemente ferido em um quiosque na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, na madrugada desta quinta-feira (5), teriam confundido uma das vítimas com Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, filho de um chefe de milícia na Zona Oeste. 

Na gravação telefônica, interceptada pela força-tarefa da Polícia Civil que investiga a guerra na região, um homem diz: “Acho que é Posto 2, v…”., seguido de uma resposta que não é possível compreender. Segundo os investigadores, a voz seria do traficante Juan Breno Malta, o BMW, braço-direito de Philip Motta, o Lesk, que era miliciano da Gardênia Azul e migrou para o Comando Vermelho na tomada da região pelo tráfico. Ele teria recebido a informação de que Taillon estava no Quiosque do Naná e estava tentando indicar onde ficaria na Avenida Lúcio Costa, local do crime.

O Quiosque do Naná, na verdade, fica entre os postos 3 e 4, em frente ao Hotel Windsor, onde os médicos estavam hospedados para um congresso internacional de ortopedia. 

A comunicação interceptada imediatamente antes do crime levantou a suspeita dos investigadores de que o médico Perseu Almeida tenha sido confundido com o verdadeiro alvo dos assassinos. 

De acordo com o G1, Taillon de Alcântara Pereira Barbosa “é filho de Dalmir Pereira Barbosa, apontado como um dos principais chefes de uma milícia que atua na Zona Oeste. Taillon chegou a ser preso em uma operação, no fim de 2020”. Ainda conforme a reportagem, Taillon reside próximo ao quiosque onde ocorreu o crime.