O Governo do Estado do Rio de Janeiro estuda antecipar os feriados de abril para março, com o objetivo de reduzir a circulação de pessoas e prevenir o aumento de casos, internações e óbitos por Covid-19. A proposta prevê criar um feriado prolongado entre 26 de março e 4 de abril. Além dos feriados de Tiradentes (21 de abril) e da Semana Santa, seria antecipado também o Dia de São Jorge, comemorado em 23 de abril.

A ideia foi discutida pelo governador em exercício, Claudio Castro, com representantes de empresários de diversos setores, como o comércio, a indústria e o turismo. Também participaram do encontro secretários estaduais da Casa Civil e Governo, os deputados federais Dr. Luizinho e Hugo Leal e os deputados estaduais Marcio Pacheco (líder do Governo), Rodrigo Amorim e Léo Vieira.


Representaram os empresários na reunião o presidente da Fecomércio, Antonio Florencio de Queiroz Junior; a presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro, Ângela Costa; o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, Paulo Michel; o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, Pedro Hermeto; o presidente da Associação dos Supermercados do Rio, Pedro Paulo; e o presidente do MetrôRio, Guilherme Ramalho. Estiveram presentes ainda representantes da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), da Supervia, da Fetranspor, do Sindicato dos Bares e Restaurantes do Rio, da Associação de Empresas de Eventos, da Apresenta Rio e da Multiplan.

Na manhã deste domingo, o assunto será tratado entre o governador e os prefeitos do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e de Niterói, Axel Grael, em uma reunião no Palácio das Laranjeiras.

Colapso do sistema de saúde


A taxa de ocupação das unidades de terapia intensiva (UTIs) para pacientes com covid-19 no Sistema Único de Saúde tem crescido de forma consistente no estado do Rio de Janeiro. No último boletim do Observatório Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), de 16 de março, a taxa estava em 79% e, segundo a atualização de ontem do painel estadual de monitoramento da pandemia, esse percentual já chegou a 85,5%. Na capital, a situação é ainda pior, com 93% dos leitos de UTI ocupados.