O Comando da Aeronáutica colocou mais R$ R$ 1.390.138,73 no Contrato 58/2016 com a Embraer S.A. Assim, assegurou à Força Aérea Brasileira (FAB) mais um ano, até 13/10/2020, dos “serviços de natureza continuada pela contratada, relativos às atividades de suporte logístico conjunto de engenharia e de gerenciamento conjunto do programa AM-X”.

O caça-bombeiro AM-X é resultado de parceria ítalo-brasileira, do final da década de 1980.

Em setembro, Brasil e Itália promoveram cerimônias para 30 anos de entrada em operação do A-1, designação dada na FAB. No Brasil, é fabricado pela Embraer. Porém, nunca foi uma peça de guerra que tivesse despertado interesse do mercado, a exemplo dos Tucanos – exclusivos da Embraer.

Mesmo com o quase absoluto anonimato entre aeronaves de sucesso, a Força Aérea da Itália fez, em setembro, relato de “história de sucesso” para o AM-X, em voos de combate no Afeganistão, Líbia e Kuwait. Contudo, não há resenha especializada, independente, dando vivas para o aparelho.    

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Em 2021, o primeiro Gripen NG
A FAB possui 53 unidades AM-X (Wikipédia – atualização em 7 de dezembro de 2019). Dessas, 43 serão modernizadas para padrão A-1M. Essa modernização está a cargo da Embraer e da Elbit Systems, de Israel. O cronograma de voos com essa frota sinaliza, porém, aposentadoria total em 2030. Essa desativação, virá, portanto, com o avanço da incorporação dos caças F-39 Saab Gripen NG, da Suécia.

O Brasil fez encomenda para 36 Gripen NG. A preços de setembro de 2019, um custo de US$ 4,05 bilhões ( 39,3 bilhões de coroas suecas – 2014). O país “planejou” a possibilidade da comprar mais 100. A primeira unidade sueca deverá ser incorporada (entrar no espaço aéreo brasileiro e aterrissar) à FAB em 2021.

Ao todo, excluídos os drones (ou vants – veículos aéreos não tripulados), as Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica) possuem 715 aeronaves (aviões e helicópteros), sendo 652 operadas pela FAB.

…Mas a FAB gosta
Mesmo que não seja um produto de exportação, a FAB parece gostar dos AM-Xs.

A incorporação do primeiro A-1, ao Esquadrão Adelphi, na Base Aérea de Santa Cruz (BASC), no Rio, ocorreu em 17/10/1989. Desde 2013, portanto há dezesseis anos, as aeronaves A-1 do Esquadrão passam por um processo de “modernização”. Contudo, sempre houve controvérsia quanto aos benefícios do gasto por longo período.

Em setembro último, em um dos comunicados relativos às comemorações dos 30 anos do A-1, a Aeronáutica deu relevância ao caça em suas operações. “O caça A-1 modernizado é operado por duas Unidades Aéreas na FAB: Esquadrão Poker (1º/10º GAV) e Esquadrão Centauro (3º/10º GAV), ambos sediados na Ala 4, em Santa Maria (RS). As aeronaves são capazes de realizar missões de Ataque, Reconhecimento Aéreo e Apoio Aéreo Aproximado, dentre outras.”