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Em nota oficial, a empresa de estudos meteorológicos assegurou que “a declaração do governador, infelizmente, não procede”. O Rio Grande do Sul está, desde segunda-feira, contando as vítimas das chuvas e das cheias que deixaram até agora 39 mortos.
Após observar que “o momento é de união de esforços” para ajudar as vítimas do desastre climático, a Metsul, contudo, sustentou que “o governador, na sua fala, coloca em xeque o trabalho da Meteorologia e, por efeito, o nosso trabalho”. E passou à argumentação, afirmando que foi “o único ente de previsão do tempo a advertir para a possibilidade de volumes de chuva acima de 300 mm na Metade Norte gaúcha neste começo de setembro”. E prosseguiu: “como em junho, tinha sido o único a alertar para a chuva extrema de 350 mm no Litoral Norte no ciclone”.
Adiante, reparou que, em 31 de agosto, cinco dias antes da catástrofe, publicou alerta com o título: “Setembro começa com chuva extrema, onda de tempestades e enchentes”. Acentuou que o aviso trazia projeção de modelo de 300 mm a 500 mm na Metade Norte “e a nossa advertência de que poderia chover mais de 300 mm”.
“Cenário de precipitação sem precedentes” - No dia seguinte, 1º deste mês, 72 horas antes do desastre, ressaltou que emitiu novo aviso sob o título “Alerta: chuva virá com volumes excepcionais de até 300 mm a 500 mm”. Prosseguindo, dizia que “o cenário de precipitação para estes primeiros dez dias de setembro não tem precedentes nos últimos anos”. Ainda segundo a nota, informava que “os acumulados de precipitação em algumas cidades gaúchas somente durante os primeiros dez dias do mês podem atingir praticamente a média histórica de chuva de toda a primavera”, salientando que “a situação foge ao convencional”.
Acrescentou que “os modelos, assim, anteciparam os volumes de chuva. A gravidade do que se avizinhava já era conhecida muitos dias antes. A ciência meteorológica cumpriu o seu papel”, sublinha. A íntegra da nota pode ser conferida no site da Metsul.
Brasil de Fato RS solicitou à assessoria do governador um comentário sobre a nota da Metsul, mas, até o momento do fechamento desta matéria, ainda não tínhamos nenhum retorno.
Atrito com jornalista na GloboNews - As declarações de Leite criticando as previsões aconteceram no programa Em Pauta, da GloboNews, espaço em que o governador se envolveu em um bate-boca com o jornalista André Trigueiro.
Em resposta, Trigueiro alegou que o mesmo discurso acabaria sendo repetido por outros políticos, mesmo com situações semelhantes se repetindo há anos. Foi interrompido por Leite criticando o que interpretou como “falta de empatia” com o Rio Grande do Sul, relatando o esforço do estado para socorrer as pessoas.
“Quando ocorre um evento dessa escala, dessa ordem de grandeza de tanta dor e sofrimento, é nosso dever fazer perguntas. É o meu ofício”, contrapôs Trigueiro. (...) E continuou: “Eu falei de cultura de prevenção, que não necessariamente se resolve apertando botão em quatro anos. (...) Não estou culpando ninguém”.
Citou que, há 30 anos, está envolvido com a cobertura de casos similares, como as tragédias de Petrópolis, no Rio, e de Brumadinho, em Minas Gerais.
Leite reclamou que Trigueiro não fizera uma pergunta, mas sim um comentário, algo que poderia ser confirmado “porque estamos na era digital e tem um registro”. Em contrapartida, o jornalista respondeu que o governador não deveria se vitimizar.
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Em nota oficial, a empresa de estudos meteorológicos assegurou que “a declaração do governador, infelizmente, não procede”. O Rio Grande do Sul está, desde segunda-feira, contando as vítimas das chuvas e das cheias que deixaram até agora 39 mortos.
Após observar que “o momento é de união de esforços” para ajudar as vítimas do desastre climático, a Metsul, contudo, sustentou que “o governador, na sua fala, coloca em xeque o trabalho da Meteorologia e, por efeito, o nosso trabalho”. E passou à argumentação, afirmando que foi “o único ente de previsão do tempo a advertir para a possibilidade de volumes de chuva acima de 300 mm na Metade Norte gaúcha neste começo de setembro”. E prosseguiu: “como em junho, tinha sido o único a alertar para a chuva extrema de 350 mm no Litoral Norte no ciclone”.
Adiante, reparou que, em 31 de agosto, cinco dias antes da catástrofe, publicou alerta com o título: “Setembro começa com chuva extrema, onda de tempestades e enchentes”. Acentuou que o aviso trazia projeção de modelo de 300 mm a 500 mm na Metade Norte “e a nossa advertência de que poderia chover mais de 300 mm”.
“Cenário de precipitação sem precedentes” - No dia seguinte, 1º deste mês, 72 horas antes do desastre, ressaltou que emitiu novo aviso sob o título “Alerta: chuva virá com volumes excepcionais de até 300 mm a 500 mm”. Prosseguindo, dizia que “o cenário de precipitação para estes primeiros dez dias de setembro não tem precedentes nos últimos anos”. Ainda segundo a nota, informava que “os acumulados de precipitação em algumas cidades gaúchas somente durante os primeiros dez dias do mês podem atingir praticamente a média histórica de chuva de toda a primavera”, salientando que “a situação foge ao convencional”.
Acrescentou que “os modelos, assim, anteciparam os volumes de chuva. A gravidade do que se avizinhava já era conhecida muitos dias antes. A ciência meteorológica cumpriu o seu papel”, sublinha. A íntegra da nota pode ser conferida no site da Metsul.
Brasil de Fato RS solicitou à assessoria do governador um comentário sobre a nota da Metsul, mas, até o momento do fechamento desta matéria, ainda não tínhamos nenhum retorno.
Atrito com jornalista na GloboNews - As declarações de Leite criticando as previsões aconteceram no programa Em Pauta, da GloboNews, espaço em que o governador se envolveu em um bate-boca com o jornalista André Trigueiro.
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Citou que, há 30 anos, está envolvido com a cobertura de casos similares, como as tragédias de Petrópolis, no Rio, e de Brumadinho, em Minas Gerais.
Leite reclamou que Trigueiro não fizera uma pergunta, mas sim um comentário, algo que poderia ser confirmado “porque estamos na era digital e tem um registro”. Em contrapartida, o jornalista respondeu que o governador não deveria se vitimizar.