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string(3675) "Em entrevista ao Uol, o ex-ministro da Educação, Carlos Decotelli, apontou o racismo como fator decisivo para o seu desgate no governo Bolsonaro. Exonerado cinco dias após ser nomeado para o cargo, Decotelli nao chegou nem mesmo a ser empossado.
O ex-ministro foi alvo de questionamento de diversas instituições educacionais em relação à sua vida acadêmia. Várias informações no seu currículo Lattes foram constetadas. Entre elas, seus títulos de doutorado e pós-doutorado pelas universadiades de Rosário, na Argentina, e Wuppertal, na Alemanha, respectivamente.
Decotelli também foi denunciado por plágio em sua tese de mestrado que, segundo especialistas, teve aproximadamente 63% do conteúdo copiado, sem os devidos créditos, de outros autores. A agota d'água para a queda do ex-ministro foi um comunicado da Fundação Getúlio Vargas (FGV), afirmando que ele, diferentemente do que informava seu currículo, não foi professor efetivo da instituição.
"Há muitos brancos com imperfeições em currículo trabalhando sem incomodar ninguém", afirmou Decotelli ao Uol. Nas redes sociais, o racismo passou a ser questionado como possível motivo para a sua demissão. Entre outros pontos, as discussões lembraram que ministros do governo Bolsonaro como Ricardo Salles (Meio Ambiente) e Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) também tiveram mentiras ou erros apontadas em seus currículos, mas permaneceram nos cargos.
Apesar de não ter sido professor efetivo da FGV, Decotelli lecionou na fundação, mas na condição de professor colaborador. Ele afirma que por "interesses obscuros, não declarados, na intenção de apoiar outro ministro a ser indicado".
"[Me sinto] Destruído e massacrado na minha integridade como professor", disse o ex-ministro. "Mesmo assim, após o ocorrido, lecionei ontem à noite utilizando a plataforma Zoom, em respeito aos alunos, que não têm culpa da fraude da FGV", disse o ex-ministro, que pediu demissão da fundação. Nessa terça-feira (30), ele ministrou sua última aula pela instituição, na disciplina de Administração de Recursos de Longo Prazo no MBA de Finanças.
Ao UOL a FGV reiterou que Decotelli atuou "apenas nos cursos de educação continuada, como professor colaborador". "Como tal, deu aula ontem, o que corrobora as informações prestadas, repita-se, de que atuava como professor nos cursos de educação continuada", disse a instituição em nota.
A fundação declarou ainda que irá apurar, por meio de uma comissão específica, todas as denúncias que dizem respeito a um eventual plágio na dissertação de mestrado apresentada pelo ex-ministro. Decotelli nega ter cometido plágio, mas disse que revisará o trabalho "por respeito ao direito intelectual dos autores e pesquisadores citados".
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O ex-ministro foi alvo de questionamento de diversas instituições educacionais em relação à sua vida acadêmia. Várias informações no seu currículo Lattes foram constetadas. Entre elas, seus títulos de doutorado e pós-doutorado pelas universadiades de Rosário, na Argentina, e Wuppertal, na Alemanha, respectivamente.
Decotelli também foi denunciado por plágio em sua tese de mestrado que, segundo especialistas, teve aproximadamente 63% do conteúdo copiado, sem os devidos créditos, de outros autores. A agota d'água para a queda do ex-ministro foi um comunicado da Fundação Getúlio Vargas (FGV), afirmando que ele, diferentemente do que informava seu currículo, não foi professor efetivo da instituição.
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