VINI GRAM

A rede de supermercados Carrefour demitiu a funcionária suspeita de cometer racismo contra o cantor Vini Gram, marido da jogadora mineira de vôlei Fabi. No sábado (8), o artista publicou um vídeo, ao lado de seu advogado e da atleta, informando que vai tomar todas as providências na Justiça. 

O fato ocorreu na noite de sexta (7) na loja do Alphaville, em São Paulo. O artista foi a um caixa preferencial que estava vazio para passar um produto. Segundo ele, a funcionária disse que não poderia atendê-lo porque se um cliente preferencial aparecesse ela seria multada. Vini teria dito a ela para não se preocupar, pois daria a preferência caso alguém aparecesse.

O cantor procurou outro caixa, mas, segundo ele, a mulher não teria tido a mesma postura ao atender “uma cliente branca não preferencial no caixa”.

“Fui querer entender o que aconteceu naquele momento (Obviamente ninguém soube explicar, mas eu sei o que aconteceu. Eu sei o que senti! Se o @carrefourbrasil não fosse um empresa com histórico racista, eu ia dizer que foi uma situação simplesmente não comum. Mesmo com todo histórico vocês não aprendem! Até eu entender que eu tava sofrendo racismo ali, demorou”, escreveu Vini, nas redes sociais, onde recebeu apoio e a solidariedade de centenas de pessoas.

Neste domingo (9), o Carrefour enviou uma nota ao Hoje em Dia informando que a operadora de caixa estava em período de experiência. Ela "foi imediatamente afastada pela gerência e desligada no mesmo dia”. Ainda segundo a empresa, Vini foi acolhido. O supermercado afirma que tem feito contato com ele desde então.

“O Carrefour é uma empresa que não aprende e não esquece nada. É uma empresa que mata negro, que humillha, que constrange. O que o Vinícius de Paula passou foi crime, está traumatizado, e dessa vez isso não vai ficar impune”, disse o advogado.

Confira a íntegra da nota do Carrefour:

O Carrefour informa que às 15h do dia 07/04 o Sr. Vinícius teve o atendimento recusado por uma operadora de caixa na fila preferencial, sem justificativa. A colaboradora, que estava em período de experiência, foi imediatamente afastada pela gerência e desligada no mesmo dia. Acolhemos o cliente no mesmo momento, tendo seguido em contato com ele desde então - e continuamos abertos ao diálogo. Lamentamos profundamente a dor causada ao Sr. Vinicius e sua família. Nossa política é de tolerância zero contra qualquer tipo de comportamento desrespeitoso, além de promover esforços constantes na conscientização dos nossos colaboradores.

Nos últimos dois anos o Carrefour assumiu a responsabilidade de fazer uma transformação de dentro para fora no combate ao racismo estrutural no país, com investimento de mais de R$ 115 milhões, com maior foco na área de educação. Todos os nossos colaboradores são constantemente capacitados para uma postura antirracista e recentemente firmamos uma parceria com a Faculdade Zumbi dos Palmares para criação do primeiro curso de nível superior para formação de profissionais na área de segurança visando combater o racismo.