O cacique Raoni foi revistado por agentes da Polícia Federal do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, antes de embarcar para a Inglaterra, na terça (28), onde participará de um colóquio na Universidade de Oxford. “É sempre essa confusão, estou cansado”, disse à coluna de Mônica Bergamo por meio de um interlocutor que o acompanhava. 

Segundo ele, o líder indígena sempre teve o passaporte retido para análise em viagens internacionais, mas começou a ser revistado frequentemente desde o ano passado, no governo Bolsonaro.

A PF diz que não comenta casos específicos.


O atual governo tem uma relação conflituosa com os índios. Em setembro, por exemplo, em discurso na ONU, Bolsonaro atacou Raoni. "Muitas vezes essas lideranças, como Raoni, são usados como ferramenta de manobra para conduzir seus interesses sobre a Amazônia", disse.