No Brasil, o fluxo de refugiados reconhecidos é, em sua maioria, da Venezuela, da Síria e da República Democrática do Congo. Uma pesquisa divulgada este mês pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) revela que, de janeiro de 2010 a agosto de 2024, 146 mil refugiados se mantêm em solo brasileiro.

Segundo a pesquisa, a nacionalidade predominante de refugiados é liderada pela Venezuela (134.089), logo após, Síria (4.100) e República Democrática do Congo (1.158). Na questão do gênero, os homens lideram a apuração com 80 mil, e as mulheres com 64 mil. Cerca de mil não foram especificados.

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Quadro com grupos de refugiados reconhecidos no Brasil 

 

De acordo com o oficial de comunicação do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, Miguel Pachioni, o deslocamento para o Brasil depende de diversos fatores, como a nacionalidade das pessoas e o acesso ao país. Um aspecto fundamental é a garantia de direitos, que permite que refugiados solicitem ajuda legal ao chegarem.

Uma vez que os recém-chegados tenham CPF e carteira de trabalho, surgem oportunidades no mercado laboral e acesso a serviços públicos, como saúde e educação, essenciais para as famílias.

Além disso, o Brasil possui uma tradição de reconhecimento de direitos humanos, o que favorece a integração de imigrantes, ao contrário da visão negativa que existia durante a ditadura militar. A nova legislação, como a Lei 9474, reflete essa mudança política.