Corpo de bombeiros nega falta de água e escadas magirus

Fonte: Renata Giraldi - Agência Brasil

O Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro pediu apoio a homens e viaturas de sete quartéis para tentar controlar o incêndio que atinge hoje (2) o Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, na zona norte da capital fluminense. A assessoria informou que há escadas magirus suficientes e água também.

Os bombeiros informaram ainda que, apesar da extensão do incêndio, não há aparentemente risco de as labaredas se alastrarem para as áreas verdes ao redor do prédio.

Pela análise preliminar, o fogo atingiu a maior parte do edifício – duas áreas em que estão coleções e exposições, além da parte administrativa. Mas um setor teria sido preservado.

Os bombeiros confirmaram que não há vítimas. O museu estava fechado para visitação no momento em que o incêndio começou. E quatro seguranças que estavam no local conseguiram escapar.

O edifício histórico de 200 anos foi afetado pelo incêndio por volta das 19h30 deste domingo.

História

Mais antiga instituição histórica do país, o Museu Nacional do Rio foi fundado por D.João VI, em 1818. É vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com perfil acadêmico e científico. Tem nota elevada por reunir pesquisas raras, como esqueletos de animais pré-históricos e múmias.

O local foi sede da primeira Assembleia Constituinte Republicana de 1889 a 1891, antes de ser destinado ao uso de museu, em 1892. O edifício é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

No acervo, com cerca de 20 milhões de itens, há diversificação nas peças, pois reúne coleções de geologia, paleontologia, botânica, zoologia e arqueologia. Há, ainda, uma biblioteca com livros com obras raras.

O Museu Nacional do Rio oferece cursos de extensão e pós-graduação em várias áreas de conhecimento. Para esta semana, era esperado um debate sobre a independência do país. No próximo mês, estava previsto o IV Simpósio Brasileiro de Paleontoinvertebrados no local.