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Por pouco uma bíblia de pelo menos 250 anos se perdeu na enchente que atingiu o Rio Grande do Sul este ano. O objeto compõe o acervo do Museu Histórico Visconde de São Leopoldo, na Região Metropolitana de Porto Alegre, e estava exposta no museu quando a água começou a subir na capital gaúcha. A rápida decisão de uma funcionária do museu foi o que salvou o item, que pegou a Bíblia para tirá-la do local.
Mais antigo item da coleção do museu, a bíblia tem uma profunda ligação com a história da imigração alemã no Brasil, que nesta quinta-feira (25/7) comemora o bicentenário. Para comemorar, o Museu de São Leopoldo marcou sua reabertura, intitulada "200 Anos de Solidariedade".
Ao g1, a diretora de relações institucionais do museu, Ingrid Marxen, 76 anos, conta que a bíblia já era antiga desde a vinda dos alemães, em 1765. "A gente não sabe quem a trouxe, mas com certeza em 1824 já não seria mais nova. Eles tinham tanta coisa para trazer, porque eles iam embora para não voltar mais, e daí traziam uma Bíblia deste tamanho. Não é uma Bíblia qualquer", comenta.
Piano não teve a mesma sorte
Nem todos os itens do museu puderam ser resgatados a tempo da enchente tomar conta do espaço, como foi o caso com um piano alemão de 120 anos. O historiador Rodrigo Trespach também contou ao g1 que o piano é a única peça que não tem possibilidade de ser restaurada. "A água atingiu mais de um 1,5 m [dentro do museu], só que, quando estabilizou, ela ficou mais ou menos uma semana com água dentro", explica Trepach.
Além do piano, algumas mobílias e outros objetos também foram danificados, porém esses têm a chance de recuperação, segundo o historiador.
200 anos da Imigração Alemã
A imigração de povos de língua alemã no Brasil começou oficialmente em 1824, em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul. No entanto, antes disso, já havia imigrantes alemães na Bahia e no Rio de Janeiro. No século 20, houve grandes ondas de imigração após a Primeira e a Segunda Guerra Mundial. A maioria dos imigrantes eram artesãos e agricultores.
Hoje, cerca de 5% dos brasileiros são de origem alemã, totalizando mais de 10 milhões de pessoas que estão completamente integradas na sociedade brasileira, contribuindo para sua diversidade e riqueza cultural.
Por onde os imigrantes alemães e seus descendentes brasileiros passaram, eles fundaram escolas, hospitais, igrejas, clubes, sociedades, cervejarias, estúdios de fotografia, jornais, deixando, assim, suas marcas na sociedade e na cultura do Brasil.
A exposição Jornada para o Brasil: História das migrações de povos de língua alemã, do Instituto Martius-Staden, apresenta a trajetória desses imigrantes no Brasil, assim como as suas contribuições e tradições. Clique aqui para acessar e saber mais sobre a exposição.
Fonte: Correio Braziliense
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Nem todos os itens do museu puderam ser resgatados a tempo da enchente tomar conta do espaço, como foi o caso com um piano alemão de 120 anos. O historiador Rodrigo Trespach também contou ao g1 que o piano é a única peça que não tem possibilidade de ser restaurada. "A água atingiu mais de um 1,5 m [dentro do museu], só que, quando estabilizou, ela ficou mais ou menos uma semana com água dentro", explica Trepach.
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A imigração de povos de língua alemã no Brasil começou oficialmente em 1824, em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul. No entanto, antes disso, já havia imigrantes alemães na Bahia e no Rio de Janeiro. No século 20, houve grandes ondas de imigração após a Primeira e a Segunda Guerra Mundial. A maioria dos imigrantes eram artesãos e agricultores.
Hoje, cerca de 5% dos brasileiros são de origem alemã, totalizando mais de 10 milhões de pessoas que estão completamente integradas na sociedade brasileira, contribuindo para sua diversidade e riqueza cultural.
Por onde os imigrantes alemães e seus descendentes brasileiros passaram, eles fundaram escolas, hospitais, igrejas, clubes, sociedades, cervejarias, estúdios de fotografia, jornais, deixando, assim, suas marcas na sociedade e na cultura do Brasil.
A exposição Jornada para o Brasil: História das migrações de povos de língua alemã, do Instituto Martius-Staden, apresenta a trajetória desses imigrantes no Brasil, assim como as suas contribuições e tradições. Clique aqui para acessar e saber mais sobre a exposição.
Fonte: Correio Braziliense