A Avon divulgou uma nota, na tarde desta sexta-feira (26), em que informa que a executiva Mariah Corazza Üstündag, que manteve uma idosa em trabalho escravo em um imóvel de Pinheiros, bairro nobre de São Paulo, foi demitida. A princípio, quando o caso veio à tona, a empresa havia informado que Corazza havia sido afastada enquanto os fatos eram apurados.

Já na nova nota, além de anunciar que a executiva não faz mais parte do quadro de funcionários, a Avon informou que vai prestar acolhimento à idosa, que foi resgatada em condições análogas à escravidão e que não recebia salário desde 2011.

“Com grande pesar, a Avon tomou conhecimento de denúncias de violações dos direitos humanos por um de seus colaboradores. Diante dos fatos noticiados, reforçamos nosso compromisso irrestrito com a defesa dos direitos humanos, a transparência e a ética, valores que permeiam nossa história há mais de 130 anos. Informamos que a funcionária não integra mais o quadro de colaboradores da companhia. A Avon está se mobilizando para prestar o acolhimento à vítima”, diz a nota.

Entenda o caso

Uma idosa de 61 anos foi resgatada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) de uma casa no Alto de Pinheiros, bairro nobre da zona oeste de São Paulo, por viver em condições análogas à escravidão. Empregada doméstica, ela não recebia salários desde 2011.

 
A executiva e patroa da vítima, Mariah Corazza Üstündag, 29 anos, foi presa em flagrante na quinta-feira (18), mas pagou fiança de R$ 2.100 e foi solta. Mariah era gerente na Avon e filha da cosmetóloga Sônia Corazza, conhecida consultora na indústria de produtos de beleza.


A trabalhadora foi encontrada morando sozinha no imóvel em um quarto nos fundos do terreno. Abandonada pelos patrões, que se mudaram de residência, a casa precisou ser arrombada pelas autoridades.