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A Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas (Abracim) entrou no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com uma reclamação disciplinar contra o juiz que expulsou um advogado após este oferecer um copo de água a uma testemunha. A associação representou contra Carlos Alberto Garcete de Almeida, da 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Campo Grande (MS), ao corregedor nacional de Justiça ministro Luis Felipe Salomão.
Para a associação, o juiz do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul (TJ-MS) teve "conduta desrespeitosa, humilhante e preconceituosa" perante os advogados Willer Souza Alves de Almeida e Pablo Arthur Buarque Gusmão.
O caso ocorreu no dia 19 de maio mas só veio à tona agora, com a divulgação das imagens nas redes sociais. O vídeo mostra que o advogado Willer Almeida entregou um copo de água a uma das testemunhas, que estava visivelmente nervosa no depoimento. Foi então que o juiz mandou retirar o copo, dizendo que era ele quem autorizava qualquer coisa na audiência. Ele também afirmou que o defensor estava no local apenas para atuar como advogado e que não poderia fazer outras funções. O advogado contestou o juiz, que determinou sua retirada do local por seguranças. Outro advogado, Pablo Gusmão, saiu em defesa do sócio, e também foi expulso da audiência.
À "CNN Brasil", o advogado Willer Almeida, que é negro, afirmou que foi alvo de racismo. "É preciso lembrar que não há uma hierarquia entre juiz, promotor e advogado. "Todos estão em pé de igualdade. Então, advogado não é subordinado ao juiz. E aí eu não posso dizer que há um racismo explícito, mas aquilo que acontece no Brasil, aquele racismo velado. Por que só o advogado negro, de trança, foi retirado com força policial, enquanto o outro não foi? Por que desrespeitam tanto os advogados negros?", questionou.
Professor titular da Unisinos (RS) e da Unessa (RJ), o jurista Lenio Streck comentou o episódio nas redes, publicando o vídeo do momento da confusão. "Vamos lá: eu sempre falo contra robôs. Contra ChatGPT etc. Mas eu me rendo. Um robô jamais trataria um advogado assim e tampouco humilharia testemunha ou ré. Esse Brasil… Temos como futuro um passado (e um presente) autoritários e patrimonialistas! E racista. E observem a cena!", criticou.
Lenio Luiz Streck
@LenioStreck
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Vamos lá: eu sempre falo contra robôs. Contra ChatGPT etc. Mas eu me rendo. Um robô jamais trataria um advogado assim e tampouco humilharia testemunha ou ré. Esse Brasil… Temos como futuro um passado (e um presente) autoritários e patrimonialistas! E racista.E observem a cena!
Acesse:https://www.youtube.com/watch?v=z5-KI7XG4nI&t=1s
Fonte: O TEMPO
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A Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas (Abracim) entrou no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com uma reclamação disciplinar contra o juiz que expulsou um advogado após este oferecer um copo de água a uma testemunha. A associação representou contra Carlos Alberto Garcete de Almeida, da 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Campo Grande (MS), ao corregedor nacional de Justiça ministro Luis Felipe Salomão.
Para a associação, o juiz do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul (TJ-MS) teve "conduta desrespeitosa, humilhante e preconceituosa" perante os advogados Willer Souza Alves de Almeida e Pablo Arthur Buarque Gusmão.
O caso ocorreu no dia 19 de maio mas só veio à tona agora, com a divulgação das imagens nas redes sociais. O vídeo mostra que o advogado Willer Almeida entregou um copo de água a uma das testemunhas, que estava visivelmente nervosa no depoimento. Foi então que o juiz mandou retirar o copo, dizendo que era ele quem autorizava qualquer coisa na audiência. Ele também afirmou que o defensor estava no local apenas para atuar como advogado e que não poderia fazer outras funções. O advogado contestou o juiz, que determinou sua retirada do local por seguranças. Outro advogado, Pablo Gusmão, saiu em defesa do sócio, e também foi expulso da audiência.
À "CNN Brasil", o advogado Willer Almeida, que é negro, afirmou que foi alvo de racismo. "É preciso lembrar que não há uma hierarquia entre juiz, promotor e advogado. "Todos estão em pé de igualdade. Então, advogado não é subordinado ao juiz. E aí eu não posso dizer que há um racismo explícito, mas aquilo que acontece no Brasil, aquele racismo velado. Por que só o advogado negro, de trança, foi retirado com força policial, enquanto o outro não foi? Por que desrespeitam tanto os advogados negros?", questionou.
Professor titular da Unisinos (RS) e da Unessa (RJ), o jurista Lenio Streck comentou o episódio nas redes, publicando o vídeo do momento da confusão. "Vamos lá: eu sempre falo contra robôs. Contra ChatGPT etc. Mas eu me rendo. Um robô jamais trataria um advogado assim e tampouco humilharia testemunha ou ré. Esse Brasil… Temos como futuro um passado (e um presente) autoritários e patrimonialistas! E racista. E observem a cena!", criticou.
Lenio Luiz Streck
@LenioStreck
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Vamos lá: eu sempre falo contra robôs. Contra ChatGPT etc. Mas eu me rendo. Um robô jamais trataria um advogado assim e tampouco humilharia testemunha ou ré. Esse Brasil… Temos como futuro um passado (e um presente) autoritários e patrimonialistas! E racista.E observem a cena!
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Fonte: O TEMPO