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Foram contabilizados 38 mil casos em que os profissionais aparecem como vítimas de ameaça, injúria, desacato, lesão corporal e difamação dentro de unidades de saúde, hospitais, consultórios, clínicas, prontos-socorros e laboratórios. Segundo o levantamento, 47% desses registros são contra mulheres. Há, inclusive, registros de mortes suspeitas de médicos dentro de estabelecimentos de saúde.
São Paulo, que tem o maior número de registros médicos do país (26% do total), teve quase a metade dos casos de violência em termos absolutos – 18 mil dos 38 mil. No estado, a média de idade dos médicos que sofrem algum tipo de violência é 42 anos e cerca de 45% dos registros foram contra médicas.
Já o Paraná, que aparece como o quinto estado com a maior quantidade de médicos, figura em segundo lugar no ranking de violência contra profissionais em estabelecimentos de saúde. A unidade federativa responde por, pelo menos, 3,9 mil casos. Curitiba concentra 12% dos registros.
Em terceiro lugar está Minas, segundo estado com o maior número de médicos do Brasil. A Polícia Civil registrou 3.617 boletins de ocorrência envolvendo esse tipo de violência, sendo 22% em Belo Horizonte.
“Os dados mostram que a situação fica cada vez mais fora de controle, uma vez que o volume de queixas vem aumentando ano após ano. O recorde foi batido em 2023, mas os dados completos de 2024 somente serão conhecidos ano que vem”, avaliou o CFM em nota.
Quem pratica a violência contra médicos
Os números mostram ainda que 66% dos casos ocorrem em municípios do interior do Brasil. Os autores dos atos violentos são, em grande parte, pacientes, familiares de pessoas atendidas e desconhecidos. Há ainda casos minoritários de ameaça, injúria e até lesão corporal cometidos por colegas de trabalho, incluindo enfermeiros, técnicos, servidores e outros profissionais da saúde.
Estados não apresentam dados
De acordo com o CFM, o Rio Grande do Norte não encaminhou as informações solicitadas a tempo e o Acre informou não ter os dados em sua base. Já Mato Grosso e Paraná informaram dados relativos à violência em hospitais e clínicas médicas contra qualquer profissão – a partir daí, o conselho elaborou uma estimativa mínima de 10% que envolveria apenas médicos.
Estimativa semelhante foi feita com o Rio de Janeiro, onde a maioria das ocorrências não tem a profissão da vítima; e com as informações prestadas pelo Rio Grande do Sul, que forneceu apenas dados de violência contra médicos sem definir o local onde ocorreu o fato.
Que medidas o médico deve adotar em casos de violência
- Em casos de ameaça, o CFM orienta que o médico:
- registre ocorrência na delegacia mais próxima ou online;
- informe, por escrito, às diretorias clínica e técnica da unidade hospitalar sobre o ocorrido;
- apresente dados dos envolvidos e testemunhas;
- encaminhe o paciente a outro colega, se não for caso de urgência e/ou emergência.
- Se a ocorrência envolver agressão física, a entidade indica que o profissional:
- compareça à delegacia mais próxima e registre boletim de ocorrência (haverá necessidade de exame do corpo de delito);
- apresente dados dos envolvidos na agressão e de testemunhas;
- comunique o fato imediatamente às diretorias clínica e técnica da unidade hospitalar para que seja providenciado outro médico para assumir suas atividades.
* Com informações da Agência Brasil
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São Paulo, que tem o maior número de registros médicos do país (26% do total), teve quase a metade dos casos de violência em termos absolutos – 18 mil dos 38 mil. No estado, a média de idade dos médicos que sofrem algum tipo de violência é 42 anos e cerca de 45% dos registros foram contra médicas.
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De acordo com o CFM, o Rio Grande do Norte não encaminhou as informações solicitadas a tempo e o Acre informou não ter os dados em sua base. Já Mato Grosso e Paraná informaram dados relativos à violência em hospitais e clínicas médicas contra qualquer profissão – a partir daí, o conselho elaborou uma estimativa mínima de 10% que envolveria apenas médicos.
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* Com informações da Agência Brasil