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O novo Duster deixou para trás a versão 2.0 4x4, que praticamente não vendia. Segundo os executivos da Renault, a versão correspondia a apenas 3% das vendas. Mas nem por isso o SUV franco-romeno deixou de ser um carro robusto.
Cascudo
O conjunto de suspensão é rudimentar, com eixo rígido na traseira e o convencional McPherson na dianteira. No entanto, ele conta com um ajuste que dá conta de rodar em calçamento e estrada de terras, graças ao curso elevado da suspensão.
Para atestar que o SUV ainda merece a alcunha de “A Bruta”, esticamos o Duster na terra e passamos por lombadas sem aliviar o pé. A suspensão não titubeou.
De acordo com a Renault, a altura livre do solo foi elevada para comportar as novas rodas aro 17, que fazem parte do portfólio do jipinho. Ou seja, o Duster que nasceu com rodas de ferro e pneus borrachudos passa a contar com opções mais esportivas, que indicam a escalada social do utilitário.
No asfalto, os pneus maiores e mais largos absorvem irregularidades do piso e contribuem para o melhor conforto a bordo. Inclusive vale destacar que o estofamento evoluiu consideravelmente. Os antigos bancos que seguiam a filosofia franciscana do Logan deram lugar a assentos com espumas mais densas e que colaboram na percepção de conforto.
Banho de loja
Por dentro, o carro evoluiu não apenas no layout, mas também em montagem. Quem tem ou já teve o Duster sabe muito bem da precariedade do acabamento, até mesmo nas versões mais sofisticadas. Os plásticos duros estão por todos os cantos, mas não rangem como antigamente e nem exageram nas rebarbas.
O isolamento acústico do SUV também melhorou. O modelo passa a contar com vidros mais espessos, que contribuíram para bloquear a barulheira externa. Mas nem por isso é perfeito. Quando o motor é exigido, o ruído invade a cabine.
Sob o capô
E por falar em motor, a unidade 1.6 de 120 cv está longe de ser a mais vigorosa no segmento de utilitários-esportivos. No entanto, trata-se de um motor que oferece bom comportamento no uso cotidiano. Ele é casado com uma caixa manual de cinco marchas apenas na versão Zen. Nas demais, ele é combinado com uma transmissão do tipo CVT.
A versão que guiamos era a topo de linha Iconic 1.6 CVT. Motor e caixa são os mesmos de outrora, que garantem comodidade na cidade. Na estrada, por outro lado, ele demanda atenção nas retomadas. O motor demora a responder e, numa ultrapassagem, o ideal é reduzir manualmente para se obter uma elevação de giro imediata.
Palavra final
Ou seja, a primeira impressão a bordo do Duster revela que o SUV precisou se adequar à realidade do mercado. Os jipinhos deixaram de ser automóveis carrancudos e simplórios para se tornarem veículos citadinos de uso cotidiano.
Evoluir é preciso.
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O novo Duster deixou para trás a versão 2.0 4x4, que praticamente não vendia. Segundo os executivos da Renault, a versão correspondia a apenas 3% das vendas. Mas nem por isso o SUV franco-romeno deixou de ser um carro robusto.
Cascudo
O conjunto de suspensão é rudimentar, com eixo rígido na traseira e o convencional McPherson na dianteira. No entanto, ele conta com um ajuste que dá conta de rodar em calçamento e estrada de terras, graças ao curso elevado da suspensão.
Para atestar que o SUV ainda merece a alcunha de “A Bruta”, esticamos o Duster na terra e passamos por lombadas sem aliviar o pé. A suspensão não titubeou.
De acordo com a Renault, a altura livre do solo foi elevada para comportar as novas rodas aro 17, que fazem parte do portfólio do jipinho. Ou seja, o Duster que nasceu com rodas de ferro e pneus borrachudos passa a contar com opções mais esportivas, que indicam a escalada social do utilitário.
No asfalto, os pneus maiores e mais largos absorvem irregularidades do piso e contribuem para o melhor conforto a bordo. Inclusive vale destacar que o estofamento evoluiu consideravelmente. Os antigos bancos que seguiam a filosofia franciscana do Logan deram lugar a assentos com espumas mais densas e que colaboram na percepção de conforto.
Banho de loja
Por dentro, o carro evoluiu não apenas no layout, mas também em montagem. Quem tem ou já teve o Duster sabe muito bem da precariedade do acabamento, até mesmo nas versões mais sofisticadas. Os plásticos duros estão por todos os cantos, mas não rangem como antigamente e nem exageram nas rebarbas.
O isolamento acústico do SUV também melhorou. O modelo passa a contar com vidros mais espessos, que contribuíram para bloquear a barulheira externa. Mas nem por isso é perfeito. Quando o motor é exigido, o ruído invade a cabine.
Sob o capô
E por falar em motor, a unidade 1.6 de 120 cv está longe de ser a mais vigorosa no segmento de utilitários-esportivos. No entanto, trata-se de um motor que oferece bom comportamento no uso cotidiano. Ele é casado com uma caixa manual de cinco marchas apenas na versão Zen. Nas demais, ele é combinado com uma transmissão do tipo CVT.
A versão que guiamos era a topo de linha Iconic 1.6 CVT. Motor e caixa são os mesmos de outrora, que garantem comodidade na cidade. Na estrada, por outro lado, ele demanda atenção nas retomadas. O motor demora a responder e, numa ultrapassagem, o ideal é reduzir manualmente para se obter uma elevação de giro imediata.
Palavra final
Ou seja, a primeira impressão a bordo do Duster revela que o SUV precisou se adequar à realidade do mercado. Os jipinhos deixaram de ser automóveis carrancudos e simplórios para se tornarem veículos citadinos de uso cotidiano.
Evoluir é preciso.