Até hoje, poucas pessoas tiveram o privilégio de conhecer o Arquipélago de Alcatrazes, localizado a 45 km da costa de São Sebastião, litoral norte de São Paulo. Isso porque toda a área estava fechada há décadas para treinamentos da Marinha e só foi aberta oficialmente para o turismo em dezembro do ano passado.

A Qual Viagem já visitou o arquipélago – então, separamos abaixo tudo o que você precisa saber para descobrir esse paraíso natural:

Proteção ambiental

Foto por Patrícia Chemin

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Alcatrazes está dentro de uma área de conservação marinha de 70 mil hectares e é agora Refúgio de Vida Silvestre, sob gestão do ICMBio. As ilhas praticamente não possuem vestígios do ser humano (você não verá nenhum tipo de construção por lá) e a natureza se apresenta em todo seu esplendor – seja na água, na terra ou no céu.

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Para proteger esse ecossistema, o desembarque em terra é proibido. Ou seja, as atividades turísticas permitidas se concentram no entorno das ilhas, com mergulho e visita embarcada. A preocupação é que o turismo tenha o menor impacto possível no local. Os barcos, por exemplo, não podem usar âncoras em Alcatrazes para não danificar os corais. Como alternativa, são utilizadas poitas.

Foto por Patrícia Chemin

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Há uma série de outras normas e procedimentos que devem ser seguidos tanto pelas operadoras que realizam os passeios quanto pelos próprios visitantes. As devidas instruções são fornecidas aos turistas por meio de um vídeo oficial antes da visita a Alcatrazes.

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Além disso, o passeio só pode ser realizado através de empresas cadastradas pelo ICMBio, com condutores capacitados e barcos autorizados. A lista com todas as empresas já cadastradas pode ser acessada no site do ICMBio – a maioria delas tem sede ou em Ilhabela ou em São Sebastião. Embarcações particulares não são permitidas no arquipélago.

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Biodiversidade

Ter todos esses cuidados não é exagero. O Refúgio de Alcatrazes abriga mais de 1.300 espécies, sendo que 100 delas estão ameaçadas de extinção. O local também é considerado berçário de vida marinha, onde se encontra a maior quantidade de peixes da região Sudeste – uma biodiversidade maior do que a de Fernando de Noronha.

O mar cristalino é habitado por uma ampla variedade de corais, onde também é possível avistar tartarugas, baleias, arraias e golfinhos. O arquipélago é área de alimentação, reprodução e descanso para mais de 10 mil aves marinhas e possui o maior ninhal de fragatas do Atlântico Sul. Aliás, ao chegar à Ilha de Alcatrazes (a maior delas), você verá centenas de fragatas em sobrevoo – uma visão inesquecível.

Foto por Patrícia Chemin

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Visita e mergulho

O trajeto entre o continente e o arquipélago leva de 45 minutos a quase quatro horas – vai depender do barco utilizado. Com base em São Sebastião, a Mako, uma das empresas autorizadas pelo ICMBio, faz os passeios com um dos barcos mais velozes disponíveis, uma lancha catamarã, partindo da Praia de Toque Toque Pequeno. Vale sempre agendar a visita com antecedência.

Foto por Patrícia Chemin

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Ao se aproximar da Ilha de Alcatrazes, a sensação é de estar dentro de um filme, descobrindo uma ilha perdida. São enormes rochedos arredondados, parecidos com o Pão de Açúcar, cobertos por vegetação. No entorno, o mar é de um azul profundo, cujas águas durante o verão são quentinhas e com boa visibilidade (pode chegar a 30 metros).

Foto por Patrícia Chemin

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Depois de observar os incríveis cenários ao redor e a revoada das fragatas e tirar muitas fotos, é a hora do mergulho. Você pode optar pelo autônomo (com cilindro) ou flutuação (snorkeling). Aliás, Alcatrazes é um dos melhores destinos de mergulho do Brasil, com 10 pontos diferentes.

A sensação de nadar em alto-mar, tão longe do continente, é inesquecível. Mesmo ficando só na superfície é possível ver uma profusão de peixes e outras criaturas, além de corais e até cavernas submarinas.

Quando ir

O Refúgio de Alcatrazes pode ser visitado durante o ano todo. De novembro a maio, há melhores condições para o mergulho. Já durante o outono e o inverno é possível avistar animais diferentes, como a baleia-jubarte e o albatroz.

Texto por: Patrícia Chemin. A jornalista viajou a convite do Nau Royal.

Foto destaque por: Patrícia Chemin

Fonte:http://www.qualviagem.com.br