Serão 166 espetáculos exibidos em cinco municípios; Ribeirão das Neves participa pela primeira vez
Procurando se adequar à passagem do tempo, a Campanha de Popularização Teatro & Dança dá nesta quinta-feira (3) o pontapé inicial de sua 45ª edição. Até 24 de fevereiro, serão apresentados 166 espetáculos, com ingressos entre R$ 10 e R$ 18, em Belo Horizonte, Sete Lagoas, Betim, Contagem, Nova Lima e Ribeirão das Neves – esta última fazendo sua estreia no evento neste início de 2019.
O número de montagens é um pouco menor do que a edição 2018 da Campanha, que contou com 195 espetáculos. Mas a intenção do Sindicato dos Produtores de Artes Cênicas de Minas Gerais (Sinparc) é alcançar, ao menos, o mesmo público da edição anterior, que foi de 168 mil pessoas. “Com a realidade atual, se chegarmos a esse número já estaremos muito felizes”, afirma Rômulo Duque, presidente do Sinparc e coordenador da Campanha.
A reabertura do Mercado das Flores, tradicional ponto de vendas de ingressos (na edição passada, ele estava fechado para reformas), deverá aquecer a compra antecipada, estima Duque. Coordenador há 20 edições da Campanha, ele participa da iniciativa desde o início, em 1973. “Já fui bilheteiro, ator, produtor”, comenta, relembrando os primeiros momentos, quando duas Kombis, uma na Praça Sete e a outra rodando diferentes bairros, faziam a venda dos ingressos.
Parte do público que vai aos espetáculos nesta época do ano espera a Campanha para ir ao teatro. A programação se divide em espetáculos inéditos no evento e aqueles que já estão na grade há muito tempo. Acredite, um espírito baixou em mim, a comédia mais bem-sucedida do teatro mineiro, é, mais uma vez, uma das atrações. Inicia sua temporada neste fim de semana, no Cine-Theatro Brasil Vallourec.
VETERANOS
Outros espetáculos de grande público também integram o elenco de veteranos do projeto: 'Como sobreviver em festas e recepções com buffet escasso', 'Quem rir por último é retardado' e 'Velório à brasileira', montagens já com muita estrada, voltam ao cartaz.
Mas só em BH haverá 55 montagens estreantes, entre espetáculos de dança e peças para adultos e para crianças. O grosso delas integra a seção Campanha Mostra, braço criado pelo evento em 2010 para dar espaço a espetáculos mais autorais. Essas montagens serão apresentadas na Funarte e no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Um dos requisitos para entrar na programação é que elas sejam inéditas na mostra – ou seja, será uma boa oportunidade para o público assistir a espetáculos recentes, produzidos em 2018.
Nesta edição, sob a coordenação de Beto Plascides, pela primeira vez uma comissão selecionou as montagens da Campanha Mostra. “Escolhemos espetáculos que falam do ser humano de uma maneira geral. Há montagens de cunho político, outras que falam de cidadania, de gênero. Acredito que conseguimos traduzir este desejo através da seleção”, diz Plascides.
O Campanha Mostra vai reunir 18 montagens. Integrante da Cia. Pierrot Lunar, a atriz Neise Nevescomemora o retorno do grupo ao CCBB. Foi no mesmo palco que a companhia estreou, em abril, a montagem Um pouco de ar, por favor, com dramaturgia de Luiz Alberto Abreu e direção de Chico Pelúcio. Pois a peça é a primeira atração da Campanha Mostra – fica em cartaz desta quinta (3) a 14 de janeiro.
“A Campanha costuma trazer outras possibilidades de público para a gente, pois tem aqueles que não têm hábito de ir ao teatro e deixam para ir nesta época”, afirma Neise. No espetáculo, ela interpreta Dirce, uma mulher dos tempos atuais que está “em busca de si mesma”. Na narrativa, Dirce se encontra com Jorge (Léo Quintão) um homem dos anos 1930, machista, burocrático, e também com Lia (Jussara Fernandino), uma oprimida mulher dos anos 1980.
“A peça fala desta falta de ar que estamos vivendo em vários sentidos, pois isso independe de época”, comenta Neise. A montagem já cumpriu duas temporadas no CCBB – na primeira delas, em abril, teve casa cheia todas as noites. Outros espetáculos com temas atuais que poderão ser vistos neste projeto especial da Campanha são O importado (no CCBB), com o ator Odilon Esteves, cujo texto nasceu do conto O importado vermelho de Nóe, de André Sant’Anna (a montagem trata de temas como o machismo e o racismo) e Projeto Maravilhas (na Funarte), com texto de Marcos Coletta, que aborda diversidade sexual.
Além dos espetáculos, a Campanha ainda traz em sua grade 10 noites de comédia stand up. Realizadas na Biblioteca Pública Minas Gerais e no Teatro Estação Cultural, cada edição terá quatro humoristas que se revezarão nos microfones.
A 45ª CAMPANHA EM NÚMEROS
166 espetáculos
BH
139
(10 de dança, 42 infantis, 86 adultos e 1 de rua)
Campanha Mostra
18 (10 adultos e 3 infantis)
Comédia stand up
20 humoristas em 10 apresentações
Interior
Sete Lagoas – 29
Betim – 16
Ribeirão das Neves – 16
Contagem – 15
Nova Lima – 4
45ª CAMPANHA DE POPULARIZAÇÃO TEATRO & DANÇA
Até 24 de fevereiro. Ingressos: R$ 10, R$ 15 e R$ 18 – valores válidos para a venda nos postos credenciados (Mercado das Flores, Edifício Maletta, shoppings Cidade, Pátio, Estação, Betim, Itaú Power
e Cidade dos Meninos São Vicente de Paulo, em Ribeirão das Neves) e pelo site www.campanhadepopularizacao.com.br (sem taxa de conveniência).
O número de montagens é um pouco menor do que a edição 2018 da Campanha, que contou com 195 espetáculos. Mas a intenção do Sindicato dos Produtores de Artes Cênicas de Minas Gerais (Sinparc) é alcançar, ao menos, o mesmo público da edição anterior, que foi de 168 mil pessoas. “Com a realidade atual, se chegarmos a esse número já estaremos muito felizes”, afirma Rômulo Duque, presidente do Sinparc e coordenador da Campanha.
A reabertura do Mercado das Flores, tradicional ponto de vendas de ingressos (na edição passada, ele estava fechado para reformas), deverá aquecer a compra antecipada, estima Duque. Coordenador há 20 edições da Campanha, ele participa da iniciativa desde o início, em 1973. “Já fui bilheteiro, ator, produtor”, comenta, relembrando os primeiros momentos, quando duas Kombis, uma na Praça Sete e a outra rodando diferentes bairros, faziam a venda dos ingressos.
Parte do público que vai aos espetáculos nesta época do ano espera a Campanha para ir ao teatro. A programação se divide em espetáculos inéditos no evento e aqueles que já estão na grade há muito tempo. Acredite, um espírito baixou em mim, a comédia mais bem-sucedida do teatro mineiro, é, mais uma vez, uma das atrações. Inicia sua temporada neste fim de semana, no Cine-Theatro Brasil Vallourec.
VETERANOS
Outros espetáculos de grande público também integram o elenco de veteranos do projeto: 'Como sobreviver em festas e recepções com buffet escasso', 'Quem rir por último é retardado' e 'Velório à brasileira', montagens já com muita estrada, voltam ao cartaz.
Mas só em BH haverá 55 montagens estreantes, entre espetáculos de dança e peças para adultos e para crianças. O grosso delas integra a seção Campanha Mostra, braço criado pelo evento em 2010 para dar espaço a espetáculos mais autorais. Essas montagens serão apresentadas na Funarte e no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Um dos requisitos para entrar na programação é que elas sejam inéditas na mostra – ou seja, será uma boa oportunidade para o público assistir a espetáculos recentes, produzidos em 2018.
Nesta edição, sob a coordenação de Beto Plascides, pela primeira vez uma comissão selecionou as montagens da Campanha Mostra. “Escolhemos espetáculos que falam do ser humano de uma maneira geral. Há montagens de cunho político, outras que falam de cidadania, de gênero. Acredito que conseguimos traduzir este desejo através da seleção”, diz Plascides.
O Campanha Mostra vai reunir 18 montagens. Integrante da Cia. Pierrot Lunar, a atriz Neise Nevescomemora o retorno do grupo ao CCBB. Foi no mesmo palco que a companhia estreou, em abril, a montagem Um pouco de ar, por favor, com dramaturgia de Luiz Alberto Abreu e direção de Chico Pelúcio. Pois a peça é a primeira atração da Campanha Mostra – fica em cartaz desta quinta (3) a 14 de janeiro.
“A Campanha costuma trazer outras possibilidades de público para a gente, pois tem aqueles que não têm hábito de ir ao teatro e deixam para ir nesta época”, afirma Neise. No espetáculo, ela interpreta Dirce, uma mulher dos tempos atuais que está “em busca de si mesma”. Na narrativa, Dirce se encontra com Jorge (Léo Quintão) um homem dos anos 1930, machista, burocrático, e também com Lia (Jussara Fernandino), uma oprimida mulher dos anos 1980.
“A peça fala desta falta de ar que estamos vivendo em vários sentidos, pois isso independe de época”, comenta Neise. A montagem já cumpriu duas temporadas no CCBB – na primeira delas, em abril, teve casa cheia todas as noites. Outros espetáculos com temas atuais que poderão ser vistos neste projeto especial da Campanha são O importado (no CCBB), com o ator Odilon Esteves, cujo texto nasceu do conto O importado vermelho de Nóe, de André Sant’Anna (a montagem trata de temas como o machismo e o racismo) e Projeto Maravilhas (na Funarte), com texto de Marcos Coletta, que aborda diversidade sexual.
Além dos espetáculos, a Campanha ainda traz em sua grade 10 noites de comédia stand up. Realizadas na Biblioteca Pública Minas Gerais e no Teatro Estação Cultural, cada edição terá quatro humoristas que se revezarão nos microfones.
A 45ª CAMPANHA EM NÚMEROS
166 espetáculos
BH
139
(10 de dança, 42 infantis, 86 adultos e 1 de rua)
Campanha Mostra
18 (10 adultos e 3 infantis)
Comédia stand up
20 humoristas em 10 apresentações
Interior
Sete Lagoas – 29
Betim – 16
Ribeirão das Neves – 16
Contagem – 15
Nova Lima – 4
45ª CAMPANHA DE POPULARIZAÇÃO TEATRO & DANÇA
Até 24 de fevereiro. Ingressos: R$ 10, R$ 15 e R$ 18 – valores válidos para a venda nos postos credenciados (Mercado das Flores, Edifício Maletta, shoppings Cidade, Pátio, Estação, Betim, Itaú Power
e Cidade dos Meninos São Vicente de Paulo, em Ribeirão das Neves) e pelo site www.campanhadepopularizacao.com.br (sem taxa de conveniência).