Belo Horizonte recebe a segunda temporada do espetáculo “Herança”, da Cia. Burlantins. A peça celebra os 50 anos de carreira do ícone da cultura afromineira Maurício Tizumba será apresentada no Teatro do Minas. Em cena, Júlia Tizumba, Sérgio Pererê e o próprio Maurício, escavam histórias íntimas enquanto miram a África como se olhassem num espelho.

Serão três sessões, nos dias 28 e 29 deste mês (sexta e sábado) às 20h e no dia 30 (domingo) às 19h. Os ingressos custam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia) e pode ser adquirido na bilheteria do Teatro ou no site eventim. A classificação é livre.

Em Herança será apresentada a busca e o resgate da herança cultural afro-brasileira como bússola para a diáspora negra. No palco, os artistas escavam histórias íntimas enquanto miram a África como se olhassem num espelho. A vivência do povo preto e a sua cultura, que é parte indispensável da identidade nacional, serão celebrados, ovacionados e enaltecidos por meio da carreira cinquentenária de Maurício Tizumba. Trata-se de um espetáculo cênico musical. Grace Passô, diretora da peça, diz que "as histórias reais de Tizumba, bem como as historias de Julia e Sergio misturam-se com a história da cultura negra da cidade. Suas famílias têm muito a contar em relação às religiões de matrizes africanas, ao congado, à história da militância, à cultura pop, etc", afirma.

Sobre Maurício Tizumba
Ator, compositor, cantor, multiinstrumentista, diretor musical e capitão de congado, Mauricio Tizumba estabeleceu em sua trajetória artistísca – que começou quando ainda era criança, na extinta TV Itacolomi – diálogo entre diversas linguagens e entre a arte e as manifestações populares tradicionais da cultura afro-brasileira e afro-mineira.

Formado pelo Teatro Universitário da Universidade Federal de Minas Gerais e transitando pelo cinema, pela TV e pelo teatro, atuou em 28 espetáculos, sendo 25 musicais, entre eles, a trilogia de João das Neves: “Bituca”, com músicas de Milton Nascimento, e “Besouro Cordão de Ouro” e “Galanga Chico Rei”, com músicas de Paulo César Pinheiro (a experiência deste último se desdobrou em álbum homônimo, o sexto da carreira, criado em parceria com Sérgio Santos).

Ainda no teatro, participou da criação da Cia. Burlantins, em 1996, quando iniciou seus trabalhos junto a Tim Rescala, encontro que se desdobrou nos musicais “Pianissimo”, “A Sombra do Sucesso” e “A Turma do Pererê” e na opereta “O Homem que Sabia Português”. Pela atuação como o jumento do infantil “Os Saltimbancos” foi agraciado com o Prêmio Zilka Salaberry em 2010. É também idealizador da Mostra Benjamin de Oliveira e do Espaço Cultural Tambor Mineiro. Já excursionou por Estados Unidos, Canadá e Europa, sendo um dos representantes de Minas Gerais no “Ano do Brasil na França”. Com o seu grupo de tambor mineiro participou do New Orleans Jazz Festival e por quatro edições do Landesmusikakademie Berlim.

Serviço:
Herança
Data: 28 e 29 de abril, sexta e sábado, às 20h, 30 de abril, às 19h
Classificação: livre
Ingressos: R$ 20 (Inteira) e R$ 10 (meia)