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A porcentagem de testes para o novo coronavírus que dão resultado positivo no Brasil, de 31%, indica que o número real de pessoas contaminadas no país pode estar subestimado, afirmou nesta segunda (22) o diretor-executivo da Organização Mundial da Saúde (OMS), Michael Ryan.
Segundo ele, o Brasil ainda testa uma parcela muito pequena da população. "Nos países que aplicam grande número de testes, a porcentagem de positivos fica perto de 5%", afirmou o diretor-executivo.
Cálculos do Imperial College baseados no número de mortos declarados na última semana também apontam uma subnotificação de casos de infecção pelo novo coronavírus no Brasil. De acordo com o centro de pesquisa britânica, o Brasil registra 34% dos casos possíveis, ou seja, o número de brasileiros infectados pode ser o triplo do informado.
O Imperial College parte da premissa de que a taxa de mortalidade por caso do novo coronavírus é de 1,38% -para cada morte relatada havia 72,5 pessoas infectadas. Neste domingo (21), o país chegou a 50.659 mortes, o que, pela premissa do centro britânico, indica até 3,671 milhões de casos do novo coronavírus no país.
Ryan afirmou que, de forma geral, os números de junho mostram que a epidemia se estabilizou no Brasil, mas que é preciso olhar com cuidado o crescimento relatado nos últimos dias. Segundo ele, parte pode ser atribuído a várias mudanças na forma de divulgação, que teriam levado a uma queda na semana anterior, compensada agora.
Segundo ele, como a quantidade de testes no Brasil ainda é pequena, o crescimento recente não poderia ser explicado por aumento nos diagnósticos.
Não há dados padronizados sobre a quantidade de testes aplicados no país. Enquanto a plataforma Our World in Data fala em 243 testes por 100 mil habitantes desde o começo da pandemia (3% do que atribuem à Espanha, um dos países com mais testes per capita no mundo), a WorldOmeter registra 1.143 testes por 100 mil habitantes (cerca de um décimo da taxa que atribuem à mesma Espanha).
Apesar da falta de informação precisa, as próprias autoridades e especialistas brasileiros afirmam que os programas de teste no Brasil são limitados.
Mais importante que a taxa média de testes, porém, segundo Maria van Kerkhove, líder técnica da OMS, é um diagnóstico mais detalhado sobre em que regiões ou locais está acontecendo a transmissão.
"É muito importante saber onde o contágio acontece, para usar os recursos disponíveis da forma mais eficiente possível", afirmou.
O diretor-executivo da OMS afirmou que, apesar de o salto recente de casos no Brasil merecer cuidado, é preciso levar em conta que a epidemia está crescendo em toda a região.
Segundo ele, na última semana o Brasil registrou alta de 25%, enquanto o Chile teve 41%, Argentina, 38%, Colômbia, 35%, Panamá, 26%, Bolívia, 33%, Guatemala, 39%. "Não quero dar a impressão de que estou isolando o Brasil do que acontece em toda a América Latina", disse Ryan.
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A porcentagem de testes para o novo coronavírus que dão resultado positivo no Brasil, de 31%, indica que o número real de pessoas contaminadas no país pode estar subestimado, afirmou nesta segunda (22) o diretor-executivo da Organização Mundial da Saúde (OMS), Michael Ryan.
Segundo ele, o Brasil ainda testa uma parcela muito pequena da população. "Nos países que aplicam grande número de testes, a porcentagem de positivos fica perto de 5%", afirmou o diretor-executivo.
Cálculos do Imperial College baseados no número de mortos declarados na última semana também apontam uma subnotificação de casos de infecção pelo novo coronavírus no Brasil. De acordo com o centro de pesquisa britânica, o Brasil registra 34% dos casos possíveis, ou seja, o número de brasileiros infectados pode ser o triplo do informado.
O Imperial College parte da premissa de que a taxa de mortalidade por caso do novo coronavírus é de 1,38% -para cada morte relatada havia 72,5 pessoas infectadas. Neste domingo (21), o país chegou a 50.659 mortes, o que, pela premissa do centro britânico, indica até 3,671 milhões de casos do novo coronavírus no país.
Ryan afirmou que, de forma geral, os números de junho mostram que a epidemia se estabilizou no Brasil, mas que é preciso olhar com cuidado o crescimento relatado nos últimos dias. Segundo ele, parte pode ser atribuído a várias mudanças na forma de divulgação, que teriam levado a uma queda na semana anterior, compensada agora.
Segundo ele, como a quantidade de testes no Brasil ainda é pequena, o crescimento recente não poderia ser explicado por aumento nos diagnósticos.
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Apesar da falta de informação precisa, as próprias autoridades e especialistas brasileiros afirmam que os programas de teste no Brasil são limitados.
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O diretor-executivo da OMS afirmou que, apesar de o salto recente de casos no Brasil merecer cuidado, é preciso levar em conta que a epidemia está crescendo em toda a região.
Segundo ele, na última semana o Brasil registrou alta de 25%, enquanto o Chile teve 41%, Argentina, 38%, Colômbia, 35%, Panamá, 26%, Bolívia, 33%, Guatemala, 39%. "Não quero dar a impressão de que estou isolando o Brasil do que acontece em toda a América Latina", disse Ryan.