Até o dia 7 de agosto, está sendo celebrada a Semana Mundial de Aleitamento Materno, movimento estabelecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), em 1992, em defesa da amamentação. Em 2019, o tema é “Empoderar mães e pais para favorecer a amamentação”, com objetivo de enaltecer a rede de apoio da família, principalmente da mulher, a fim de contribuir para o aleitamento materno.

“O evento faz parte de uma história focada na sobrevivência, proteção e desenvolvimento da criança. As ações buscam promover o aleitamento exclusivo até o sexto mês de vida e estender a amamentação até os dois anos ou mais”, afirma a referência técnica da Coordenação de Atenção à Saúde das Mulheres e Crianças, da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Natália Oliveira Dias.

Ainda de acordo com a referência, a amamentação é importante para a saúde da criança, pois confere proteção imunológica e menor risco de contaminação, além de contribuir com a diminuição da morbimortalidade infantil causada por diarreias e infecções respiratórias. “A amamentação também reduz o risco de obesidade infantil e diabetes, além de promover o desenvolvimento adequado da cavidade oral”, explica Natália.

Rede de Assistência

A Rede de Assistência Materno-infantil é composta por vários pontos de atendimento, como unidades básicas de saúde, maternidades, atenção especializada, serviços de urgência e emergências, bancos e postos de leite humano, entre outros. “O apoio dos profissionais da Saúde é fundamental para o êxito na amamentação. Em caso de dúvida ou dificuldade, a mulher deve procurar o banco de leite humano ou posto de coleta de leite humano mais próximo, ou a unidade básica da saúde de referência para receber as devidas orientações e auxílio”, explica Natália.

Conforme recomendações da OMS, a amamentação exclusiva deve ser mantida até os seis meses de vida e complementada até os dois anos de idade ou mais, com a introdução de alimentos saudáveis. Para Nágila Poliana Gomes Lacerda, mãe da Dianna Manuella, também chamada de Amora, de 1 ano, essa recomendação é seguida à risca. “Por meio da amamentação, fortaleço nosso vínculo. Este é o tempo que tenho com minha filha, e esse momento é somente nosso. Acredito que o leite materno seja um alimento extremamente importante para a criança e pretendo amamentá-la até os dois anos ou enquanto tiver leite”, afirma Nágila.

Ela conta também que Amora recebeu, exclusivamente, leite materno até o 6º mês e, por ter entrado em licença maternidade e férias, conseguiu acompanhar todo o processo de introdução alimentar sólida da criança. “Pude ficar com minha filha durante os seus sete primeiros meses de vida e a alimentei com meu leite em livre demanda durante todo esse tempo. Desde que voltei ao trabalho, deixo um vidro de leite materno em casa para que ela possa consumir durante o período em que estou fora. Tive receio de que ela não quisesse mais amamentar quando eu retornasse ao trabalho, mas isso não ocorreu”, conta Nágila.

Agosto Dourado

Seguindo a temática da importância da amamentação, durante o mês, é celebrado o Agosto Dourado, movimento que simboliza a luta pelo incentivo à prática da amamentação. “A cor dourada está relacionada ao padrão ouro de qualidade do leite materno. Ao longo de todo o mês, são celebrados a promoção, proteção e apoio ao aleitamento”, destaca Natália Oliveira Dias.

A SES apoia o movimento e todas as ações que incentivam a amamentação. Entre os dias 27 e 29 de agosto, será realizado o XIII Encontro Mineiro de Aleitamento Materno em Sete Lagoas. O evento é destinado aos profissionais de Saúde e estudantes de todo o estado para discutir as práticas de incentivo à amamentação. O encontro é fruto de parceria com o Ministério da Saúde, Sociedade Mineira de Aleitamento Materno, Regional de Saúde de Sete Lagoas, Secretaria Municipal de Saúde e Conselho dos Secretários Municipais de Saúde Regional (Cosems).