Objetivo é vacinar 10 milhões de meninos e meninas contra o vírus em 2018. Campanha também incluirá reforço de dose contra meningite C.

Por Lucas Vidigal, G1 DF

O Ministério da Saúde espera vacinar 10 milhões de jovens contra o vírus HPV neste ano -- o que corresponde a 80% da população-alvo. A campanha, lançada na manhã desta terça-feira (13), foi lançada após a divulgação de um estudo que revelou que a prevalência do papilomavírus humano ultrapassa os 50% no Brasil.

Segundo o ministro da Saúde, Ricardo Barros, a ideia da campanha é aumentar o número de jovens vacinados. A faixa de vacinação para o HPV se mantém entre 9 e 14 anos para as meninas. Para os meninos, a idade recomendada é de 11 a 14 anos.

Além do HPV, a campanha incluirá o reforço da vacinação contra a meningite C. A primeira dose é geralmente aplicada até os 4 anos de idade. O Ministério da Saúde calcula que essa forma da doença é a mais prevalente entre as meningites bacterianas.

Assim como no caso do HPV, a campanha da vacinação contra a meningite focará nos pré-adolescentes: meninos de 11 a 14 anos e meninas de 12 e 13 anos.

Ricardo Barros reconheceu, em entrevista coletiva, que falta aproximar os jovens dos postos de vacinação para que as metas sejam alcançadas.

“Dificilmente a gente consegue levá-los [os jovens] à unidade de saúde”, ponderou Barros.

Ao todo, Ministério da Saúde vai gastar R$ 506,6 milhões para adquirir 14 milhões de vacinas contra o HPV e 493 milhões para a compra de 15 milhões de doses contra a meningite C.

Combate às notícias falsas

Com a campanha veiculada nas redes sociais, o Ministério da Saúde espera enfrentar informações falsas que circulam em aplicativos de mensagens.

“Produzimos materiais para explicar o que é mito e o que é verdade sobre as vacinas”, afirmou a coordenadora-geral do Programa Nacional de Imunizações, Carla Magda Domingues.

O ministério também espera reforçar o papel das prefeituras durante as campanhas. Por isso, a a ideia da pasta é concentrar a campanha nas escolas, afirma o presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, Mauro Junqueira. “Os gestores municipais devem trabalhar com os diretores durante o ano letivo”, afirmou.

A coletiva de imprensa do Ministério de Saúde acontece neste momento e a notícia está sendo atualizada.