Pesquisadores da American Cancer Society (ACS), de Harvard T.H e do National Cancer Institute em Rockvill (todos nos Estados Unidos) descobriram que a falta de vitamina D no organismo está associada ao aumento do risco de câncer colorretal.
A substância é produzida na pele após o contato com a luz solar e também absorvida pela ingestão de alimentos, como leite, peixes gordurosos (salmão, atum, sardinha), brócolis, entre outros.
Excluindo o câncer de pele não melanoma, o câncer colorretal --que também é chamado de câncer de intestino -- é o terceiro mais comum no Brasil, segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer). A estimativa é que quase 37 mil pessoas sofram a doença no país esse ano.
Vitamina D e câncer
Os pesquisadores compararam o nível de vitamina D de cada indivíduo com as recomendações atuais da Academia Nacional de Medicina dos EUA para a saúde óssea. Pessoas que tinham a taxa de vitamina D abaixo das diretrizes apresentaram um aumento de 31% no risco de câncer colorretal durante o acompanhamento.
Já aqueles com vitamina D acima do recomendado tiveram uma redução de 22% no risco. A ligação era mais forte nas mulheres do que nos homens.
Essas relações permaneceram significativas mesmo depois que a equipe ajustou os dados para explicar outros fatores que aumentam o risco de câncer colorretal. "Esse estudo adiciona novas informações que as agências podem usar ao revisar as evidências para a orientação da vitamina D, e sugere que as concentrações recomendadas para a saúde óssea podem ser menores do que seria ótimo para a prevenção do câncer colorretal", diz Marji L. McCullough, autor do estudo.
Câncer colorretal
A doença abrange os tumores que acometem um segmento do intestino grosso (o cólon) e o reto. Se detectada precocemente, ela é curável na maioria das vezes. Esse câncer geralmente é causado pelo consumo exagerado de bebida alcoólica, de alimentos processados e de carne vermelha, pelo tabagismo e pelo sedentarismo.