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Para quem vai viajar, por exemplo, o ideal é fazer um rigoroso isolamento social de pelo menos dez dias antes de sair de casa. Exames de RT-PCR também são recomendados.
“O viajante deve lembrar-se sempre de usar a máscara. Ambientes abertos são menos propensos a propagar o vírus. É importante levar consigo o álcool em gel, evitar contado físico e manter distanciamento de pelo menos dois metros em ambientes coletivos. No mais, aproveitar a viagem, porque a saúde mental é fundamental”, orienta o clínico geral Luiz Gustavo Trindade.
Seguindo essas recomendações, a arquiteta Cristiane Schiavoni, 49, pretende visitar os pais neste fim de ano. “Entendo que podemos fazer um Natal com segurança, se planejando. Dividimos a família em núcleos, e eles não vão estar todos juntos ao mesmo tempo. Na hora de montar a mesa, por exemplo, o importante é não sentarmos todos juntos, principalmente de frente uns aos outros. E antes da viagem, vamos fazer um exame para saber se está tudo bem”, garante.
Ela explica que deixar o ambiente arejado e colocar os sapatos do lado de fora também são boas dicas para o coronavírus ficar longe da ceia. “Ter mesas menores, fazer um cardápio mais fácil de comer sem se sentar à mesa. São pequenas atitudes para minimizar os risco”, conclui.
Ligação
Ainda assim, alertam os médicos, a telechamada é a maneira mais segura de comemorar o Natal. “Temos que utilizar a tecnologia a nosso favor. Sabemos que as pessoas estão mentalmente cansadas e queremos abraçar os nossos. Mas temos que lembrar que quando as famílias se reúnem há muitas pessoas do grupo de risco, avós, pais e tios. Ainda não é o momento de confraternizar e não será enquanto a vacina não chegar”, adverte o infectologista Leandro Curi. “Mas, para quem for viajar, é usar máscara o tempo todo e evitar beijos e abraços”, completa.
Até o Natal, segundo o governo de Minas, sete das 14 macrorregiões do Estadão – Jequitinhonha, Leste, Leste do Sul, Nordeste, Vale do Aço, Sudeste e Centro-Sul – vão estar na Onda Vermelha, a mais restrita do programa de flexibilizações. Outras cinco estarão na Amarela, e só duas na Verde, a de maior ‘normalidade’.
Encontros desafiam o psicológico
A quarentena imposta pela pandemia testou os limites físicos e emocionais. Por isso, permanecer isolado em um período naturalmente familiar como o Natal é tão complicado.
“As pessoas estão desenvolvendo transtornos mentais, e aquelas que já tinham algum transtorno antes da pandemia estão tendo seus quadros agravados. Não acredito em uma reposta pronta, do tipo poder ou não reunir seja a melhor solução para o problema. O mais importante é que seja qual for a decisão tomada, essa seja feita com sabedoria e com as medidas de segurança necessárias”, alerta o psiquiatra Bruno Brandão.
“Se você optou por ficar isolado e se isso te faz bem, ninguém pode te julgar por isso. Agora, se você optou pela confraternização, que faça com responsabilidade, respeitando a distância segura, usando álcool gel, máscaras, evitar contato físico”, complementa Brandão.
Força
Para o infectologista Leandro Curi, as viagens de fim de ano podem resultar em uma onda de infecções ainda mais forte em janeiro. Por isso, todo o cuidado não apenas com os familiares, mas com o próximo, deve ser observado. “As pessoas vão voltar ao trabalho, para suas casas, seus vizinhos. Não podemos descuidar. Lembrar, por exemplo, que máscara no queixo, além de brega, não protege nada”.
Deslocamento de carro é o mais seguro
Para quem for viajar no Natal, uma das alternativas mais seguras é ir até o destino de carro. Se essa escolha não for possível, o ideal é ter o mínimo de contato possível com estranhos, não gritar nem falar alto e, principalmente, higienizar sempre as mãos com álcool em gel e usar máscaras faciais.
“São recomendações principalmente a quem for viajar em ônibus, aviões, locais fechados e de aglomeração de pessoas. Importante termos em perspectiva que teremos muitos anos pela frente para convívio com nossos entes queridos”, alerta o cardiologista Gilmar Reis, ex-coordenador do curso de medicina da PUC Minas e que está a frente de um estudo para minimizar os impactos do tratamento para a Covid-19.
“A história da medicina já nos trouxe diversos exemplos de doenças graves que foram controladas ou erradicadas, e, com a vacinação, a Covid será mais uma doença para a qual a ciência trará o tratamento adequado”, conclui.
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Para quem vai viajar, por exemplo, o ideal é fazer um rigoroso isolamento social de pelo menos dez dias antes de sair de casa. Exames de RT-PCR também são recomendados.
“O viajante deve lembrar-se sempre de usar a máscara. Ambientes abertos são menos propensos a propagar o vírus. É importante levar consigo o álcool em gel, evitar contado físico e manter distanciamento de pelo menos dois metros em ambientes coletivos. No mais, aproveitar a viagem, porque a saúde mental é fundamental”, orienta o clínico geral Luiz Gustavo Trindade.
Seguindo essas recomendações, a arquiteta Cristiane Schiavoni, 49, pretende visitar os pais neste fim de ano. “Entendo que podemos fazer um Natal com segurança, se planejando. Dividimos a família em núcleos, e eles não vão estar todos juntos ao mesmo tempo. Na hora de montar a mesa, por exemplo, o importante é não sentarmos todos juntos, principalmente de frente uns aos outros. E antes da viagem, vamos fazer um exame para saber se está tudo bem”, garante.
Ela explica que deixar o ambiente arejado e colocar os sapatos do lado de fora também são boas dicas para o coronavírus ficar longe da ceia. “Ter mesas menores, fazer um cardápio mais fácil de comer sem se sentar à mesa. São pequenas atitudes para minimizar os risco”, conclui.
Ligação
Ainda assim, alertam os médicos, a telechamada é a maneira mais segura de comemorar o Natal. “Temos que utilizar a tecnologia a nosso favor. Sabemos que as pessoas estão mentalmente cansadas e queremos abraçar os nossos. Mas temos que lembrar que quando as famílias se reúnem há muitas pessoas do grupo de risco, avós, pais e tios. Ainda não é o momento de confraternizar e não será enquanto a vacina não chegar”, adverte o infectologista Leandro Curi. “Mas, para quem for viajar, é usar máscara o tempo todo e evitar beijos e abraços”, completa.
Até o Natal, segundo o governo de Minas, sete das 14 macrorregiões do Estadão – Jequitinhonha, Leste, Leste do Sul, Nordeste, Vale do Aço, Sudeste e Centro-Sul – vão estar na Onda Vermelha, a mais restrita do programa de flexibilizações. Outras cinco estarão na Amarela, e só duas na Verde, a de maior ‘normalidade’.
Encontros desafiam o psicológico
A quarentena imposta pela pandemia testou os limites físicos e emocionais. Por isso, permanecer isolado em um período naturalmente familiar como o Natal é tão complicado.
“As pessoas estão desenvolvendo transtornos mentais, e aquelas que já tinham algum transtorno antes da pandemia estão tendo seus quadros agravados. Não acredito em uma reposta pronta, do tipo poder ou não reunir seja a melhor solução para o problema. O mais importante é que seja qual for a decisão tomada, essa seja feita com sabedoria e com as medidas de segurança necessárias”, alerta o psiquiatra Bruno Brandão.
“Se você optou por ficar isolado e se isso te faz bem, ninguém pode te julgar por isso. Agora, se você optou pela confraternização, que faça com responsabilidade, respeitando a distância segura, usando álcool gel, máscaras, evitar contato físico”, complementa Brandão.
Força
Para o infectologista Leandro Curi, as viagens de fim de ano podem resultar em uma onda de infecções ainda mais forte em janeiro. Por isso, todo o cuidado não apenas com os familiares, mas com o próximo, deve ser observado. “As pessoas vão voltar ao trabalho, para suas casas, seus vizinhos. Não podemos descuidar. Lembrar, por exemplo, que máscara no queixo, além de brega, não protege nada”.
Deslocamento de carro é o mais seguro
Para quem for viajar no Natal, uma das alternativas mais seguras é ir até o destino de carro. Se essa escolha não for possível, o ideal é ter o mínimo de contato possível com estranhos, não gritar nem falar alto e, principalmente, higienizar sempre as mãos com álcool em gel e usar máscaras faciais.
“São recomendações principalmente a quem for viajar em ônibus, aviões, locais fechados e de aglomeração de pessoas. Importante termos em perspectiva que teremos muitos anos pela frente para convívio com nossos entes queridos”, alerta o cardiologista Gilmar Reis, ex-coordenador do curso de medicina da PUC Minas e que está a frente de um estudo para minimizar os impactos do tratamento para a Covid-19.
“A história da medicina já nos trouxe diversos exemplos de doenças graves que foram controladas ou erradicadas, e, com a vacinação, a Covid será mais uma doença para a qual a ciência trará o tratamento adequado”, conclui.