As autoridades estão aplicando vacinas em massa aos tripulantes e passageiros para evitar a transmissão e a disseminação para o resto do país

Cerca de 9 mil passageiros e tripulantes do navio MSC Seaview estão recebando a vacina contra o sarampo hoje, dia 20 de fevereiro, no Porto de Santos, no litoral paulista. A necessidade de imunização em caráter de urgência surgiu após tripulantes terem contraído a doença. Exames realizados pelo Instituto Adolfo Lutz confirmaram que seis funcionários do transatlântico foram infectados.

A prefeitura de Santos e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)enviaram 110 profissionais para realizar a vacinação. Elas envolvem 4 500 pessoas que desembarcaram e outras 4 500 mil que vão ingressar no cruzeiro.

Agora vamos entender essa história. No último sábado, dia 15, o navio atracou em Santos com 13 suspeitas de rubéola entre os tripulantes. Após uma vistoria da Anvisa, o transatlântico seguiu para Santa Catarina – conforme seu roteiro original – com esses funcionários em local isolado dentro da embarcação.

Acontece que o resultado dos exames descartou a infecção por rubéola. A causa dos sintomas era o sarampo. Na chegada a Santa Catarina, 1 300 tripulantes já tomaram a vacina.

Aí, segundo a MSC, os hóspedes foram alertados sobre os sintomas da doença e um centro médico no navio permaneceu à disposição gratuitamente. Os tripulantes doentes ficaram isolados em suas cabines e receberam todo o atendimento médico necessário.

Só na volta a Santos é que o restante das pessoas começou a tomar a vacina contra o sarampo. Para quem não sabe, estamos falando de uma infecção extremamente contagiosa. A transmissão ocorre por gotículas de saliva que são expelidas durante fala, tosse, espirro…

As complicações provocadas pela doença são especialmente perigosas em crianças desnutridas e menores de um ano de idade. Em 2016, o Brasil recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) o certificado de eliminação da circulação do vírus do sarampo. No entanto, essa certificação está em risco por causa dos surtos que aconteceram no ano passado.

Episódios como esse reforçam a necessidade de vacinação entra a população geral. Ora, se um indivíduo não vacinado começa a espalhar a doença por aí, o risco de novos surtos aumenta na falta de uma imunização eficaz. E lembre-se que nem sempre a detecção dessas infecções contagiosas ocorre antes de as pessoas entrarem em contato com outras.

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