ITAPEVA

As causas do acidente com avião monomotor em Itapeva neste domingo (28), no Sul de Minas, serão investigadas pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão da Força Aérea Brasileira (FAB), e pela Polícia Civil. Sete pessoas perderam a vida no acidente - entre elas uma criança de dois anos.

Foram destinados ao local do acidente investigadores do Terceiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa III), do Rio de Janeiro (RJ). 

“Na ação inicial são utilizadas técnicas específicas, conduzidas por pessoal qualificado e credenciado que realiza a coleta e confirmação de dados, a preservação dos elementos da investigação, a verificação inicial de danos causados à aeronave, ou pela aeronave, e o levantamento de outras informações necessárias ao processo de investigação”, informou em nota a Força Aérea Brasileira (FAB).

Ainda de acordo com a FAB, “a conclusão das investigações terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade de cada ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os possíveis fatores contribuintes”.

O objetivo das investigações de ocorrências aeronáuticas por parte do Cenipa é evitar que ocorram novos acidentes com características semelhantes.

Já a Polícia Civil (PCMG) informou que inicialmente os corpos foram removidos para o Posto Médico-Legal de Pouso Alegre mas, diante da complexidade das lesões, os corpos foram encaminhados para o Instituto Médico Legal de Belo Horizonte para serem submetidos a exames de necropsia e identificação. 

O acidente

O veículo decolou em Campinas (SP), na manhã deste domingo (28), com destino a Belo Horizonte, com cinco passageiros e dois tripulantes. Pessoas que estavam próximas ao local relataram ter visto o avião se partindo no ar, e destroços caindo por um descampado próximo a um conhecido hotel da região. 

O monomotor pertencia à operadora de crédito Credfranco, dos empresários André Rodrigues do Amaral, de 40 anos, e Marcílio Franco da Silveira, de 42.

Fabricado em 1996 pela Piper Aircraft, foi comprado em 23 de novembro do ano passado pela empresa. O avião estava com situação regularizada para voar, de acordo com a matrícula registrada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

O veículo era designado para serviço aéreo privado e não possuía permissão para fazer táxi aéreo.