Zema se reúne com Bolsonaro para discutir renegociação de dívida de Minas com a União
Além da renegociação da dívida de Minas com a União, governador mineiro discutiu também investimentos e concessões para iniciativa privada de rodovias mineiras. Presidente sancionou orçamento com verba insuficiente para a continuidade nas obras de duplicação da BR-381.
“Estive o dia todo hoje em Brasília para tratar dos interesses de Minas que precisam de soluções imediatas. Tratamos de assuntos como a renegociação da dívida de Minas Gerais com a União, estimada em cerca de R$ 87 bilhões, e investimentos em concessões de rodovias federais que cortam nosso estado, que tem a maior malha rodoviária do Brasil, a exemplo das BRs 381 e 262”, informou Zema.
Nesta quinta se encerrou o período de reuniões da equipe do Tesouro Nacional com a equipe das secretarias da Fazenda e de Planejamento para levantar os dados sobre a situação financeira de Minas Gerais. Foi o primeiro passo para um acordo sobre o débito do estado.
A intenção do governo de Minas é aderir ao programa de renegociação das dívidas estaduais lançado pelo governo federal em 2017 na tentativa de aliviar os cofres de estados em crise fiscal.
A renegociação com a União pode suspender a dívida por três anos e, após esse prazo, o estado que aderir ao plano pode parcelar os débitos por até 20 anos. No entanto, para fazer o acordo o governo de Minas precisará oferecer contrapartidas ao governo federal, como implementação de uma política de teto de gastos e a privatização de órgãos estatais mineiros. Ainda não existe definição sobre quais órgãos seriam privatizados na negociação.
Duplicação da BR-381
O governo de Minas não deu detalhes sobre as discussões com o governo federal sobre investimentos para a BR-381 ou sobre avanço na entrega de trechos para a iniciativa privada.
Nesta quarta-feira (16), Bolsonaro sancionou o orçamento federal de 2019 que prevê gastos de R$ 169 milhões na obra de duplicação da Rodovia da Morte.
O montante é inferior ao que foi gasto no ano passado e considerado insuficiente para que as obras avancem nos únicos trechos que tem ações em andamento. Caso a obra não receba aditivos ao longo do ano, a duplicação pode ser novamente paralisada.