ENCONTRO

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), encaminhou ofício ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para solicitar um encontro com o mandatário durante visita oficial ao Estado, na próxima semana. A informação foi confirmada na manhã desta sexta-feira (2) pelo vice-governador, Mateus Simões (Novo), durante assinatura do termo de abertura do processo de registro do Samba Mineiro como Patrimônio Cultural Imaterial de Minas. 

“O governador não só vai recebê-lo como já mandou oficialmente um pedido, apesar de a agenda não ter sido confirmada, para que ele tenha ao menos 30 minutos de conversa com o governador para a gente tratar dos temas de Belo Horizonte, da região metropolitana, mas especialmente de Minas Gerais”, afirmou Simões. 

O vice-governador defendeu que o Estado é conhecido nacionalmente pela hospitalidade aos visitantes e afirmou que a recepção a Lula não seria diferente. ““Nós ganhamos todos os prêmios ao longo dos últimos anos de Estado que melhor recebe no Brasil. Somos um dos melhores destinos em termos de receber e não vai ser diferente, obviamente, com o presidente da República, que é muito bem-vindo”, declarou. 

Simões não confirmou o dia em que o encontro entre Zema e Lula deve ocorrer, já que ainda não houve aceno do Planalto para confirmar a reunião. Na quarta-feira, o presidente estará em Juiz de Fora, na Zona da Mata, e só desembarca em Belo Horizonte na quinta-feira. 

Dívida com a União

Se confirmada a agenda entre Romeu Zema e Lula, será a primeira vez que o governador terá a oportunidade de falar diretamente com o presidente da República sobre a tentativa de renegociação da dívida de Minas com a União, que já superou R$ 160 bilhões. Nessa quarta-feira, o Estado já havia anunciado a criação, por parte da Secretaria Nacional do Tesouro (SNT), de dois grupos de trabalho para analisar uma proposta de alternativa à adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). A iniciativa ocorreu após reunião entre o secretário de Estado de Fazenda, Gustavo Barbosa, e o e o subsecretário do Tesouro Estadual, Fábio Amaral.

O primeiro grupo, segundo o comunicado, irá analisar a viabilidade da proposta de federalização da Cemig, da Copasa e da Codemig. A transferência do controle das estatais para a União foi sugerida por Pacheco para abater parte da dívida de cerca de R$ 162 bilhões do Estado com a União. A alternativa prevê ainda que as estatais sejam compradas pelo governo após 20 anos.

Já o segundo grupo de trabalho irá atualizar os dados do Plano de Recuperação Fiscal enviado pelo Governo de Minas ao Ministério da Fazenda em maio do ano passado para que o Estado pudesse aderir ao RRF. Como o plano foi feito com a previsão de que seria homologado no fim do ano passado e o prazo foi prorrogado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) até 20 de abril, pode ser necessário que os números apresentados pelo Estado de Minas Gerais sejam ajustados.