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Com prazo até quarta (25), o governador Romeu Zema (Novo) irá sabatinar, nesta segunda (23), os três candidatos mais votados para a eleição do novo chefe do Ministério Público de Minas. Eleitos pela classe (promotores e procuradores de Justiça), na lista tríplice, a escolha final é do governador. A tarefa de sabatiná-los foi dada ao secretário-geral do Governo, Mateus Simões (Novo), mas Zema fará suas perguntas também.
Os três mais votados, nas eleições de 9 de novembro passado, foram dois promotores e um procurador, que integram a lista tríplice. São eles, o procurador Jarbas Soares Júnior, que recebeu 705 votos, e os promotores José Carlos Fernandes Júnior, com 359 votos, e João Medeiros Silva Neto, com 314 votos.
Bolsa de apostas na decisão
Na bolsa de apostas, todos os três têm chances semelhantes pelo fato de estarem na lista tríplice, mas, individualmente, cada um tem seus valores e pontos a favor. É nessa última parte que será definida a escolha do governador. O mais votado, Jarbas Soares, por exemplo, tem duas vantagens, uma técnica e outra política, sobre os demais. A técnica é que sua votação foi superior à dos outros dois concorrentes somados.
A política, não reconhecida por ele, é que teria perfil mais ligado aos tucanos e que seria contraponto à atual gestão, de Antônio Sérgio Tonet, que teria perfil mais próximo do PT. Jarbas já foi procurador-geral de Justiça por duas vezes, indicado pelo então governador Aécio Neves (PSDB). Tonet está no segundo mandato e foi indicado duas vezes na gestão do governador Fernando Pimentel (PT).
Polarização e alternativa
O promotor José Carlos, o segundo mais votado, tem a seu favor a identidade pessoal com o atual governador. Atua em Uberaba, no Triângulo Mineiro, região próxima a de Romeu Zema, natural de Araxá, no Alto Paranaíba. Do ponto de vista político, é independente da polarização PSDB/PT, o que seria mais uma semelhança com Zema, que, para chegar ao poder, se beneficiou do desgaste de ambos os partidos.
O terceiro mais votado, João Medeiros, tem como principal trunfo a ligação e apoio do atual procurador-geral Sérgio Tonet. A decisão está nas mãos de Zema, principal interessado nessa definição. Os critérios de definição são uma incógnita. Já houve caso de o mais votado receber visita de governador, que ainda levou flores para a esposa dele, mas, no dia seguinte, o escolhido foi outro.
Investiga governador e secretários
O mandato de procurador-geral de Justiça é de dois anos para o biênio 20212022. O do atual, Antônio Sérgio Tonet, se encerra no dia 4 de dezembro, data prevista para a posse do novo nomeado. Uma das competências do procurador-geral de Justiça é oferecer denúncias ao Tribunal de Justiça contra representantes do Poder Público que possuam foro privilegiado, como governador e secretários.
A grande novidade da eleição deste ano é que foi ampliada a elegibilidade, permitindo candidaturas de promotores(as). Até então, era exclusivo dos procuradores de Justiça, que atuam no 2º grau do sistema de Justiça. Na primeira experiência, dois deles entraram para a lista tríplice, demonstrando que a classe também aprovou candidaturas de membros da 1ª instância em chefiar o MPMG.
STF garantiu participação
O reconhecimento para que promotores disputassem o cargo foi dado, neste ano, pelo Supremo Tribunal Federal. Após essa autorização, a Assembleia Legislativa de Minas aprovou, no dia 17 de julho deste ano, projeto com a mudança. Foi, então, permitido que promotor, com 10 anos ou mais na carreira, disputasse o cargo de chefe do Ministério Público de Minas Gerais.
Ao todo, disputaram as eleições oito candidatos e candidatas em um número recorde por conta da mudança. Houve um voto nulo e nenhum voto em branco. Votarem 1.052 em um comparecimento de mais de 90% do colégio eleitoral.
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Os três mais votados, nas eleições de 9 de novembro passado, foram dois promotores e um procurador, que integram a lista tríplice. São eles, o procurador Jarbas Soares Júnior, que recebeu 705 votos, e os promotores José Carlos Fernandes Júnior, com 359 votos, e João Medeiros Silva Neto, com 314 votos.
Bolsa de apostas na decisão
Na bolsa de apostas, todos os três têm chances semelhantes pelo fato de estarem na lista tríplice, mas, individualmente, cada um tem seus valores e pontos a favor. É nessa última parte que será definida a escolha do governador. O mais votado, Jarbas Soares, por exemplo, tem duas vantagens, uma técnica e outra política, sobre os demais. A técnica é que sua votação foi superior à dos outros dois concorrentes somados.
A política, não reconhecida por ele, é que teria perfil mais ligado aos tucanos e que seria contraponto à atual gestão, de Antônio Sérgio Tonet, que teria perfil mais próximo do PT. Jarbas já foi procurador-geral de Justiça por duas vezes, indicado pelo então governador Aécio Neves (PSDB). Tonet está no segundo mandato e foi indicado duas vezes na gestão do governador Fernando Pimentel (PT).
Polarização e alternativa
O promotor José Carlos, o segundo mais votado, tem a seu favor a identidade pessoal com o atual governador. Atua em Uberaba, no Triângulo Mineiro, região próxima a de Romeu Zema, natural de Araxá, no Alto Paranaíba. Do ponto de vista político, é independente da polarização PSDB/PT, o que seria mais uma semelhança com Zema, que, para chegar ao poder, se beneficiou do desgaste de ambos os partidos.
O terceiro mais votado, João Medeiros, tem como principal trunfo a ligação e apoio do atual procurador-geral Sérgio Tonet. A decisão está nas mãos de Zema, principal interessado nessa definição. Os critérios de definição são uma incógnita. Já houve caso de o mais votado receber visita de governador, que ainda levou flores para a esposa dele, mas, no dia seguinte, o escolhido foi outro.
Investiga governador e secretários
O mandato de procurador-geral de Justiça é de dois anos para o biênio 20212022. O do atual, Antônio Sérgio Tonet, se encerra no dia 4 de dezembro, data prevista para a posse do novo nomeado. Uma das competências do procurador-geral de Justiça é oferecer denúncias ao Tribunal de Justiça contra representantes do Poder Público que possuam foro privilegiado, como governador e secretários.
A grande novidade da eleição deste ano é que foi ampliada a elegibilidade, permitindo candidaturas de promotores(as). Até então, era exclusivo dos procuradores de Justiça, que atuam no 2º grau do sistema de Justiça. Na primeira experiência, dois deles entraram para a lista tríplice, demonstrando que a classe também aprovou candidaturas de membros da 1ª instância em chefiar o MPMG.
STF garantiu participação
O reconhecimento para que promotores disputassem o cargo foi dado, neste ano, pelo Supremo Tribunal Federal. Após essa autorização, a Assembleia Legislativa de Minas aprovou, no dia 17 de julho deste ano, projeto com a mudança. Foi, então, permitido que promotor, com 10 anos ou mais na carreira, disputasse o cargo de chefe do Ministério Público de Minas Gerais.
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