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O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, falou por quatro horas durante depoimento na sede da Polícia Federal (PF), em Brasília, nesta quinta-feira (22). A PF investiga um suposto plano para executar um golpe de Estado cujo objetivo seria manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder e impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Ao sair da PF, Valdemar se limitou a acenar e sua defesa divulgou uma nota para confirmar que ele respondeu todas as perguntas que foram feitas. Os advogados afirmaram, no entanto, que não iriam fazer comentários sobre as investigações.
Valdemar está em liberdade provisória
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes concedeu, em 10 de fevereiro, liberdade provisória ao presidente do PL. Moraes determinou, porém, a manutenção de medidas cautelares, estabelecendo condições que Valdemar deve cumprir enquanto estiver em liberdade.
Ele foi detido na Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, em 8 de fevereiro. Sua prisão em flagrante ocorreu após agentes federais encontrarem uma arma sem registro e uma pepita de ouro em sua residência.
Moraes havia autorizado apenas o cumprimento de mandado de busca e apreensão contra o presidente nacional do PL, no âmbito da operação Tempus Veritatis, que apura "tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito". No entanto, ele foi preso para explicar sobre os objetos apreendidos na sua residência.
Valdemar foi descrito no inquérito da PF como um dos responsáveis por usar a estrutura do PL, inclusive a parte financeira, para elaborar estudos que colocassem em descrédito o sistema eleitoral brasileiro, mais especificamente sobre as eleições presidenciais de 2022.
Depoimentos ocorreram simultaneamente nesta quinta
Ao todo, 23 pessoas foram intimadas pela Polícia Federal a depor no âmbito da Operação Tempus Veritatis. Entre eles está Jair Bolsonaro e quatro oficiais-generais de quatro estrelas.
Os depoimentos começaram de forma simultânea a partir das 14h30 desta quinta-feira (22), em oito unidades da federação: Distrito Federal, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná, Mato Grosso do Sul e Ceará.
Depoimentos em Brasília:
Jair Bolsonaro
General Augusto Heleno, ex-ministro do GSI
Anderson Torres, ex-ministro da Justiça
Marcelo Costa Câmara, ex-assessor
Mário Fernandes, ex-titular da Secretaria-Geral da Presidência
Tércio Arnaud
Almir Garnier, ex-comandante da Marinha
Valdemar Costa Neto, presidente do PL
Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa
Cleverson Ney Magalhães
Walter Souza Braga Netto, ex-ministro-chefe da Casa Civil
Bernardo Romão Correia Neto
Ronaldo Ferreira de Araújo Junior
Rio de Janeiro:
Hélio Ferreira Lima
Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros
Ailton Gonçalves Moraes de Barros
Rafael Martins Oliveira
São Paulo:
Amauri Feres Saad
José Eduardo de Oliveira
Paraná:
Filipe Garcia Martins
Minas Gerais:
Éder Balbino
Mato Grosso do Sul:
Laércio Virgílio
Espírito Santo:
Ângelo Martins Denicoli
Entenda a operação
Os depoimentos fazem parte da operação Tempus Veritatis, deflagrada pela PF há duas semanas. Segundo as investigações, Bolsonaro e seus aliados se articularam para promover um golpe de Estado e mantê-lo no poder, visando impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Um vídeo contendo a gravação de uma reunião foi descoberto em um dos computadores de Mauro Cid. Nesse vídeo, Bolsonaro é visto instruindo seus ministros sobre a necessidade de agir antes das eleições para evitar que o Brasil se torne "uma grande guerrilha" e "uma fogueira".
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Ao sair da PF, Valdemar se limitou a acenar e sua defesa divulgou uma nota para confirmar que ele respondeu todas as perguntas que foram feitas. Os advogados afirmaram, no entanto, que não iriam fazer comentários sobre as investigações.
Valdemar está em liberdade provisória
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes concedeu, em 10 de fevereiro, liberdade provisória ao presidente do PL. Moraes determinou, porém, a manutenção de medidas cautelares, estabelecendo condições que Valdemar deve cumprir enquanto estiver em liberdade.
Ele foi detido na Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, em 8 de fevereiro. Sua prisão em flagrante ocorreu após agentes federais encontrarem uma arma sem registro e uma pepita de ouro em sua residência.
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Os depoimentos fazem parte da operação Tempus Veritatis, deflagrada pela PF há duas semanas. Segundo as investigações, Bolsonaro e seus aliados se articularam para promover um golpe de Estado e mantê-lo no poder, visando impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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