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As decisões, no entanto, serão tomadas em conversas entre o presidente, o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e o novo comandante do Exército, Tomás Paiva.
Uma das mudanças consideradas certas é com o tenente-coronel Mauro Cid. Ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o militar foi designado no ano passado para comandar o 1° Batalhão de Ações de Comando, em Goiânia, como revelou a Folha.
A saída de Cid de Brasília se deu em acordo entre o Exército e o Palácio do Planalto, enquanto avançavam investigações contra o tenente-coronel na PF (Polícia Federal).
Assumir um cargo de comando, segundo militares ouvidos pela Folha, era um processo natural pelo posto a que havia chegado -Cid foi promovido de major a tenente-coronel na gestão Bolsonaro.
A situação de Cid foi considerada a gota d'água para a queda de Arruda. Segundo pessoas próximas, Lula queria a retirada do tenente-coronel do posto de comando enquanto investigações sobre transações suspeitas feitas por ele, com recursos da família de Bolsonaro, estivessem na mira da Polícia Federal, como revelou a Folha.
Arruda, no entanto, resistiu à mudança. De acordo com aliados de Lula, a postura do general neste caso foi decisiva para a troca no comando do Exército.
A manutenção do general Gustavo Henrique Dutra no cargo de comandante Militar do Planalto também passou a ser discutida. General de três estrelas oriundo das Forças Especiais, Dutra é considerado um militar habilidoso e com grandes chances de receber a quarta estrela no ombro em 2024.
Nos últimos dois meses, ele defendeu uma retirada gradual do acampamento em frente ao QG do Exército, em Brasília, sem que houvesse conflito ou violência contra os apoiadores de um golpe militar que estavam no local.
Apesar de a estratégia ter o aval de Múcio, a demora para o desmonte do acampamento golpista é considerada pelo Planalto uma das principais razões para que os ataques contra as sedes dos três Poderes fossem viabilizados, em 8 de janeiro.
Pesa também a postura adotada por Dutra, junto com Arruda, de evitar que a Polícia Militar prendesse os golpistas na noite do ataque.
Como a Folha mostrou, o interventor Paulo Cappelli queria desmontar o acampamento bolsonarista após a invasão aos prédios públicos, mas foi barrado pelos militares, que defenderam uma ação coordenada somente na manhã do dia seguinte.
O tenente-coronel Paulo Jorge Fernandes da Hora, chefe do Batalhão da Guarda Presidencial, também pode perder o posto. Ele tem sido acusado de dificultar a prisão de golpistas dentro do Palácio do Planalto.
Um inquérito policial-militar foi aberto para investigar a conduta de Fernandes. A aliados ele tem afirmado que não agiu para proteger os golpistas. A versão na caserna é que os policiais militares agiram de forma mais agressiva no Planalto porque um colega, que fazia policiamento a cavalo, havia sido agredido momentos antes.
Segundo essa versão, o tenente-coronel teria discutido com os policiais, como mostram vídeos, para conter o ímpeto e evitar agressões quando os manifestantes golpistas já estavam controlados.
Além dos três, a última mudança que deve ocorrer é a saída do general Valério Stumpf Trindade. Ele e Tomás Paiva ascenderam ao posto de general de Exército juntos em julho de 2019 e, pelas regras militares, o comandante da Força não pode ter entre os subordinados nenhum militar mais antigo.
Stumpf é o atual chefe do Estado-Maior do Exército, cargo considerado como número 2 da Força. A vaga da chefia do Comando Militar do Sudeste, até então comandando por Tomás, também ficará em aberto.
Com a mudança, devem ser realizadas novas trocas em cargos da cúpula do Exército para evitar uma carência no cargo de chefia.
A função no Estado-Maior costuma ser assumida por um dos oficiais-generais mais antigos da Força.
A demissão de Arruda foi confirmada no sábado (21) por José Múcio Monteiro, após o ministro apresentar formalmente o novo comandante Tomás Paiva ao presidente Lula.
"Evidentemente que com esses últimos episódios, a questão dos acampamentos, a questão do [ataque] dia 8 de janeiro, as relações no comando do Exército sofreram uma fratura no nível de confiança. Achávamos que podíamos estancar isso logo no início", disse Múcio, em breve declaração a jornalistas.
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Uma das mudanças consideradas certas é com o tenente-coronel Mauro Cid. Ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o militar foi designado no ano passado para comandar o 1° Batalhão de Ações de Comando, em Goiânia, como revelou a Folha.
A saída de Cid de Brasília se deu em acordo entre o Exército e o Palácio do Planalto, enquanto avançavam investigações contra o tenente-coronel na PF (Polícia Federal).
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A situação de Cid foi considerada a gota d'água para a queda de Arruda. Segundo pessoas próximas, Lula queria a retirada do tenente-coronel do posto de comando enquanto investigações sobre transações suspeitas feitas por ele, com recursos da família de Bolsonaro, estivessem na mira da Polícia Federal, como revelou a Folha.
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Apesar de a estratégia ter o aval de Múcio, a demora para o desmonte do acampamento golpista é considerada pelo Planalto uma das principais razões para que os ataques contra as sedes dos três Poderes fossem viabilizados, em 8 de janeiro.
Pesa também a postura adotada por Dutra, junto com Arruda, de evitar que a Polícia Militar prendesse os golpistas na noite do ataque.
Como a Folha mostrou, o interventor Paulo Cappelli queria desmontar o acampamento bolsonarista após a invasão aos prédios públicos, mas foi barrado pelos militares, que defenderam uma ação coordenada somente na manhã do dia seguinte.
O tenente-coronel Paulo Jorge Fernandes da Hora, chefe do Batalhão da Guarda Presidencial, também pode perder o posto. Ele tem sido acusado de dificultar a prisão de golpistas dentro do Palácio do Planalto.
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Além dos três, a última mudança que deve ocorrer é a saída do general Valério Stumpf Trindade. Ele e Tomás Paiva ascenderam ao posto de general de Exército juntos em julho de 2019 e, pelas regras militares, o comandante da Força não pode ter entre os subordinados nenhum militar mais antigo.
Stumpf é o atual chefe do Estado-Maior do Exército, cargo considerado como número 2 da Força. A vaga da chefia do Comando Militar do Sudeste, até então comandando por Tomás, também ficará em aberto.
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