Silvio Almeida tomou posse na manhã desta terça-feira (3) como ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania e afirmou que "todo ato ilegal baseado no ódio e no preconceito será revisto por mim e pelo presidente Lula (PT), que sempre teve um compromisso com a democracia".

"Não permitiremos que o ministério criado para promover políticas de direitos humanos permaneça sendo utilizado para produção de mentiras e preconceitos", declarou.

Durante o governo Jair Bolsonaro (PL), o Ministério dos Direitos Humanos - somado aos Ministérios da Mulher e da Família - foi comandado por Damares Alves (Republicanos). Segundo Almeida, a gestão anterior deixou "um ministério arrasado". "Conselhos de participação foram reduzidos ou encerrados, muitas vozes da sociedade foram caladas, políticas foram descontinuadas e o orçamento voltado para os direitos humanos foi drasticamente reduzido. Como crueldade derradeira, a gestão que se encerra tentou extinguir - sem sucesso - a Comissão de Mortos e Desaparecidos. Não conseguiu!".

Almeida disse ainda que "o Brasil ainda não enfrentou a contento os horrores da escravidão, como outros traumas também que se avolumam sobre nós, o que permite que suas obras - da escravidão e desses traumas - se perpetuem na forma do racismo, da fome, do subemprego e da violência contra homnes e mulheres pretas e pobres desse país. Assim como muitos, desejo seguir em frente, mas jamais aceitaremos o preço do silenciamento e da injustiça. A verdadeira paz será aquela que construiremos com a verdade, com o cultivo da memória e a realização da justiça".