Presidente precisou sair às pressas, sob gritos de "golpista

O presidente Michel Temer estava em sua residência, em São Paulo, neste fim de semana, e ao saber do incêndio e desabamento de um prédio, no centro da capital, resolveu se deslocar até a área, para acompanhar os trabalhos do Corpo de Bombeiros.

O imóvel de 24 andares, ocupado irregularmente, pegou fogo na madrugada desta terça-feira (1ª). Outro prédio e uma igreja também foram afetados. Pessoas estariam desaparecidas e há informações não confirmadas de pelo menos um morto.

"A situação era uma situação dramática, tanto que aconteceu o que aconteceu. Nós vamos exatamente providenciar assistência àqueles que foram vítimas daquele desastre. Eu não poderia deixar de vir aqui, sem embargo dessas manifestações, porque, afinal, eu estava em São Paulo, e ficaria muito mal eu não comparecer aqui para dar apoio aqueles que perderam suas casas", disse o presidente.

Ele ainda falou sobre a posse do edifícil. "O prédio era da União, e nós não pudemos pedir a reintegração, porque, afinal, gente muito pobre, naturalmente, uma situação um pouco difícil. Mas agora serão tomadas providências para dar assistência".

Alvo de protestos, Temer precisou deixar o local às pressas. Algumas pessoas se aproximaram do veículo em que ele estava e chegaram a bater contra a lataria e as janelas. Também houve gritos de "golpista". Os manifestantes foram contidos pela polícia.

Político mais rejeitado da história da política brasileira, Michel Temer foi retirado apressadamente pela segurança do local do incêndio que atingiu dois prédios e o desabamento de um deles no centro de São Paulo; bastou descer do carro preto para ser cercado pela imprensa e abrir a boca que a reação popular foi imediata: vaias, xingamentos, gritos de 'golpista' e até arremesso de objetos contra a comitiva presidencial