LEGISLATIVO

O presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deputado Tadeu Leite, disse nesta quarta-feira (13/8) que as discussões eleitorais estão atrapalhando a tramitação do Programa de Pleno Pagamento de Dívida dos Estados (Propag). O parlamentar citou especificamente o lançamento da pré-candidatura à Presidência da República do governador Romeu Zema (Novo) para destacar que o pleito de 2026 ainda está longe.

Perto do prazo para que o Estado apresente a lista de ativos a serem entregues na renegociação da dívida, no fim de outubro, Tadeu Leite destacou que não é necessário aprovação de leis na ALMG neste momento. Porém, ele demonstrou preocupação com a informação de que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) não consegue avaliar as empresas mineiras até metade de 2026.

Para o presidente do Legislativo Mineiro, o momento é de fazer uma negociação política para prorrogar os prazos do Propag, mas não observa essa articulação por parte do governo Zema e do governo Lula.

"Existe uma discussão política eleitoral nesse momento. O governador está fazendo o lançamento da sua pré-candidatura à Presidência nesta semana, em um mês fundamental, de acordo com a fala do vice-governador (Mateus Simões), para se discutir a dívida. Então, será que essa é a prioridade do governo ou é fazer política?" indagou o deputado.

Tadeu Leite também não aliviou para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), criticando os ataques do petista ao governador durante agendas pelo Estado. De acordo com o presidente da ALMG, a falta de predisposição ao diálogo por parte do estado e da União força uma articulação do próprio Legislativo para resolver o impasse dos ativos no BNDES.

"O presidente da República vem aqui e fala mal do governador do Estado, mas e o mineiro? E a Dona Maria lá de Matias Cardoso, que está precisando das coisas acontecerem? A população que precisa desse problema resolvido. Nós precisamos sentar a mesa, 2026 está muito longe. Temos que descer do palanque, parar de preocupar com o voto e resolver o problema de Minas", ressaltou.