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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A vitória de Donald Trump para a Presidência dos EUA levou aliados de Jair Bolsonaro à euforia, e injetou novo ânimo no projeto torná-lo elegível para disputar as eleições presidenciais de 2026.
De acordo com interlocutores do ex-presidente, o Supremo Tribunal Federal (STF), que poderia ter a última palavra tanto sobre os direitos políticos como sobre uma anistia que beneficiasse Bolsonaro, não conseguirá resistir ao "vento contra" que poderá soprar sobre os magistrados a partir dos EUA.
No próprio STF já se admite que as pressões vão aumentar.
Elas viriam do próprio Trump, de um de seus principais aliados, o dono do X, Elon Musk, e do Congresso dos EUA, onde os Republicanos passarão a ter maioria de votos.
Musk, que é arqui-inimigo do ministro do STF Alexandre de Moraes, sai fortalecido como nunca do pleito. Ele estava ao lado de Trump no jantar oferecido nesta terça (5) pelo presidente eleito em sua casa na Flórida para acompanhar as eleições. O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) também estava no local.
Ainda sob o governo de Joe Biden, foram inúmeras as tentativas de pressão sobre o STF.
Neste ano, o comitê de assuntos judiciários da Câmara dos EUA divulgou um relatório sobre "o ataque à liberdade de expressão no exterior e o silêncio da administração Biden: o caso do Brasil".
Os deputados norte-americanos que tomaram a frente da investigação foram municiados por parlamentares brasileiros alinhados com o bolsonarismo.
Elon Musk também investiu contra o STF, atacando Alexandre de Moraes e desobedecendo ordens judiciais.
Com os Democratas no poder, as pressões não evoluíram. O quadro agora pode mudar, acreditam integrantes do grupo de Bolsonaro.
Poderiam ser aprovadas, por exemplo, medidas como um veto para Alexandre de Moraes entre nos EUA, e também propostas sanções econômicas ao Brasil.
A nova correlação de forças ajudaria também na aprovação de uma anistia para Bolsonaro no Congresso brasileiro.
Sob pressão, o STF não colocaria empecilhos para que ela valesse de fato já a partir de 2026, o que permitiria que Bolsonaro disputasse a Presidência da República.
em.com.br
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De acordo com interlocutores do ex-presidente, o Supremo Tribunal Federal (STF), que poderia ter a última palavra tanto sobre os direitos políticos como sobre uma anistia que beneficiasse Bolsonaro, não conseguirá resistir ao "vento contra" que poderá soprar sobre os magistrados a partir dos EUA.
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