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string(7136) "INVESTIGAÇÃO
Uma assessora do hoje deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) teria obrigado um funcionário da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) a transportar relógios de luxo do Catar para o Brasil quando chefiava a instituição, no governo de Jair Bolsonaro (PL).
Em depoimento à Polícia Federal (PF), o funcionário público relatou ainda que a assessora do então diretor-geral da Abin “determinou que levasse o presente de Ramagem”, composto por três relógios de luxo.
Ele não deu detalhes sobre os itens nem sobre como ingressou com eles no Brasil. Se entrou sem declarar os presentes, pode haver cometido uma sonegação fiscal.
O servidor falou do episódio em interrogatório no bojo do inquérito da chamada Abin paralela. A informação foi revelada nesta quarta-feira (16) pelo colunista Aguirre Talento, no site UOL. Agora, os investigadores vão conferir a procedência e a destinação dos itens.
Ainda segundo o Uol, a PF também colheu indícios de que funcionários da Abin nomeados por Ramagem tinham ligação com uma empresa contratada pela agência. Nessa fase final da investigação, a PF busca identificar se eles receberam pagamentos dessa empresa.
Em sua conta no Instagram, Ramagem confirmou o transporte de relógios de luxo do Catar para o Brasil, sem informar os modelos e o motivo de ter ganho tais itens, nem quem o presenteou. Disse que tudo foi incorporado pelo museu da Abin.
“Relógios ou joias recebidos foram catalogados e encaminhados ao museu da Abin. A própria reportagem traz essa informação. Houve procedimento SEI, parecer respectivo e inclusão no acervo. Simples comprovação. A Abin possui museu interno em Brasília”, escreveu o deputado.
Em 26 de março, o Supremo Tribunal Federal (STF) tornou réus Ramagem, Bolsonaro e outros seis no âmbito do inquérito que investiga um suposto plano de golpe de Estado após as eleições de 2022.
A acusação do procurador-geral da República, Paulo Gonet, cita que ainda como diretor da Abin, o hoje deputado federal teria trabalhado na construção e no direcionamento das mensagens que passaram a ser difundidas por Bolsonaro para descredibilizar o processo eleitoral.
O esquema da Abin paralela teria ocorrido durante o governo Bolsonaro. A agência teria sido usada para acompanhar a rotina de jornalistas, ministros do STF e adversários políticos do então presidente da República.
Policiais federais e servidores da agência teriam invadido telefones celulares sem autorização judicial, quando a Abin era comanda por Alexandre Ramagem. A ferramenta FirstMile foi usada para acompanhar os passos de pessoas que eram consideradas desafetas de Bolsonaro, segundo investigação da PF.
Nesta semana, a PF intimou o atual diretor-geral da Abin, Luiz Fernando Corrêa, e o ex-número 2 da instituição, Alessandro Moretti, para prestarem depoimentos no inquérito que trata de suposta espionagem ilegal.
Moretti foi exonerado do cargo de diretor-adjunto em 30 de janeiro de 2024, após a PF apontar suspeitas de que a gestão da agência atuou para dificultar investigações sobre o caso de espionagem ilegal.
Moretti e Luiz Fernando Corrêa devem depor na quinta (17), na sede da PF, em Brasília.
Abin espionou governo do Paraguai
No fim do mês passado, o site Uol revelou que a Abin espionou autoridades paraguaias durante o início do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que assumiu o cargo em janeiro de 2023. Mas o governo petista negou e disse que a ação ocorreu na gestão de Bolsonaro.
O objetivo da espionagem seria conhecer a posição do Paraguai nas renegociações entre os dois países sobre as condições e os preços do fornecimento de eletricidade da hidrelétrica de Itaipu, construída sobre o rio Paraná, que faz divisa entre os dois países.
O governo Lula negou “categoricamente qualquer implicação na ação de inteligência” e atribuiu a sua autorização à gestão do antecessor. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil indicou que a ação cibernética ocorreu no governo anterior foi suspensa pela atual gestão.
No entanto, uma testemunha disse que a espionagem das autoridades paraguaias durante o governo Lula com autorização do atual diretor da Abin, Luiz Fernando Corrêa, e do diretor interino Saulo de Cunha Moura, que ocupou o cargo em maio de 2023.
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Em depoimento à Polícia Federal (PF), o funcionário público relatou ainda que a assessora do então diretor-geral da Abin “determinou que levasse o presente de Ramagem”, composto por três relógios de luxo.
Ele não deu detalhes sobre os itens nem sobre como ingressou com eles no Brasil. Se entrou sem declarar os presentes, pode haver cometido uma sonegação fiscal.
O servidor falou do episódio em interrogatório no bojo do inquérito da chamada Abin paralela. A informação foi revelada nesta quarta-feira (16) pelo colunista Aguirre Talento, no site UOL. Agora, os investigadores vão conferir a procedência e a destinação dos itens.
Ainda segundo o Uol, a PF também colheu indícios de que funcionários da Abin nomeados por Ramagem tinham ligação com uma empresa contratada pela agência. Nessa fase final da investigação, a PF busca identificar se eles receberam pagamentos dessa empresa.
Em sua conta no Instagram, Ramagem confirmou o transporte de relógios de luxo do Catar para o Brasil, sem informar os modelos e o motivo de ter ganho tais itens, nem quem o presenteou. Disse que tudo foi incorporado pelo museu da Abin.
“Relógios ou joias recebidos foram catalogados e encaminhados ao museu da Abin. A própria reportagem traz essa informação. Houve procedimento SEI, parecer respectivo e inclusão no acervo. Simples comprovação. A Abin possui museu interno em Brasília”, escreveu o deputado.
Em 26 de março, o Supremo Tribunal Federal (STF) tornou réus Ramagem, Bolsonaro e outros seis no âmbito do inquérito que investiga um suposto plano de golpe de Estado após as eleições de 2022.
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O esquema da Abin paralela teria ocorrido durante o governo Bolsonaro. A agência teria sido usada para acompanhar a rotina de jornalistas, ministros do STF e adversários políticos do então presidente da República.
Policiais federais e servidores da agência teriam invadido telefones celulares sem autorização judicial, quando a Abin era comanda por Alexandre Ramagem. A ferramenta FirstMile foi usada para acompanhar os passos de pessoas que eram consideradas desafetas de Bolsonaro, segundo investigação da PF.
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Moretti e Luiz Fernando Corrêa devem depor na quinta (17), na sede da PF, em Brasília.
Abin espionou governo do Paraguai
No fim do mês passado, o site Uol revelou que a Abin espionou autoridades paraguaias durante o início do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que assumiu o cargo em janeiro de 2023. Mas o governo petista negou e disse que a ação ocorreu na gestão de Bolsonaro.
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