O Senado aprovou nesta quarta-feira (31) voto de censura a Filipe Martins, assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República.


No dia 24 de março, Martins participou de uma sessão do Senado com o então ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e fez um gesto com a mão, interpretado como obsceno por parlamentares. Martins negou e afirmou que estava ajeitando a lapela do terno.


A polícia legislativa apurou o caso a mando do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). Como Martins não é parlamentar, o voto de censura não gera punição, conta apenas como uma repreensão pública, mas se for constatada alguma infração, o Senado pode enviar a investigação para o Ministério Público Federal.


A Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão no Rio Grande do Sul já informou ter encontrado indícios de crime e pediu a abertura de uma investigação sobre o gesto.


O requerimento aprovado nesta quarta, apresentado por Fabiano Contarato (Rede-ES), afirma que Filipe Martins praticou "gestos racistas e preconceituosos", compatíveis com a identificação usada pelo "movimento supremacista branco".