Brasília  - A senadora Selma Arruda (PSL-MT) reafirmou nesta sexta-feira, 13, que foi vítima de tratamento desrespeitoso por parte do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), que pediu para retirar a assinatura pela instalação da CPI da Lava Toga. 

“Ele gritou comigo, com a Soraya [Thronicke] e com o Major [Olímpio]. Ele disse que não gritou comigo e que entende o momento difícil que eu estou passando. Ele quis dizer com isso que eu estou fazendo drama por causa do processo [em que a senadora teve seu mandato cassado pelo TRE de Mato Grosso por caixa dois e abuso econômico]? Não sei o que ele acha, como ele acha que eu posso me beneficiar com isso", disse Selma, em entrevista ao site alinhado à extrema-direita O Antagonista.


Não tenho nada pessoal contra ele. Só acho que ele não podia pessoalizar [associar a CPI da Lava Toga com as investigações que o envolvem]. O meu caso pode ser mais grave que o dele, inclusive, até porque eu não tenho metade da força política dele. Mas eu não corro dele [do processo]. Ficar enterrando as coisas, ficar tentando postegar, isso não é a minha cara. Não usaria jamais esse tipo de coisa para falar isso", declarou. A senadora anunciou também que irá deixar o PSL. 

Depois que passou a entrar na mira do Judiciário por movimentações milionárias e atípicas, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) tenta barrar uma eventual instalação da CPI da Lava Toga. O parlamentar telefonou aos berros para a senadora Selma Arruda, a Juíza Selma, do mesmo partido pelo MT. De acordo com a parlamentar, o filho de Jair Bolsonaro disse: “Vocês querem me foder! Vocês querem foder o governo!”