DEPOIMENTO


Em depoimento à Polícia Federal nesta segunda-feira (11), o delegado Maurício Valeixo afirmou que o presidente Jair Bolsonaro teria alegado não ter nada "contra a sua pessoa", mas queria um diretor-geral com quem tivesse mais "afinidade" no comando da Polícia Federal. 


Pivô da saída de Sergio Moro do Ministério da Justiça e da Segurança Pública, Valeixo foi o primeiro, de uma série de depoimentos requisitados pela Procuradoria-Geral da República (PGR), a ser ouvido pela polícia no inquérito que investiga suposta interferência política de Bolsonaro na PF. 


Valeixo foi exonerado do comando da Polícia Federal no dia 24 de abril. No mesmo dia, após o anúncio de sua saída da instituição, o então ministro Sergio Moro pediu demissão e deixou o governo, acusando o presidente da República de interferir politicamente nas investigações da PF. 


Além de Valeixo, ainda serão ouvidos outros quatro delegados, três ministros e a deputada Carla Zambelli. Os depoimentos foram determinados pelo ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator da investigação. O decano atendeu a pedido do procurador-geral da República Augusto Aras.