Com a demissão do ministro Luiz Henrique Mandetta, Jair Bolsonaro anunciou o médico oncologista e dono da rede Clinicas Oncológicas Integradas, com carreira na área da saúde privada, Nelson Teich, para assumir o Ministério da Saúde. Os dois tiveram reunião na manhã desta quinta-feira, 16. 


Teich fez parte da campanha eleitoral de Bolsonaro e havia sido cotado anteriormente, antes de Mandetta ser aprovado. Para assumir o cargo, ele tinha apoio de empresários bolsonaristas da comunidade judaica paulistana, como Meyer Nigri (Tecnisa), e do chefe Secretaria de Comunicação (Secom), Fábio Wajngarten. O nome de Mandetta foi escolhido em nome da política de alianças com DEM, na época.

Em artigo publicado em sua página no Linkedin, Teich fez críticas à tática de Mandetta, defendendo “um isolamento estratégico ou inteligente”. A questão do isolamento social foi a principal crise de Bolsonaro com o ex-ministro. Também defendeu "estratégias de rastreamento e monitorização, algo que poderia ser rapidamente feito com o auxilio das operadoras de telefonia celular”. Medida semelhante foi adotada por alguns governadores, como em Santa Catarina e São Paulo.


Teich é formado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), tem mestrado em Economia da Saúde pela Universidade de York, na Inglaterra, e já foi sócio de Denizar Vianna, atual secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos do Ministério da Saúde.