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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 instalada na Câmara Municipal de Belo Horizonte aprovou ontem a convocação da atual secretária municipal de Assuntos Institucionais e Comunicação Social da prefeitura, Adriana Branco, para depor no dia 26.
Por ser o braço direito do prefeito Alexandre Kalil (PSD), desde quando ele era presidente do Atlético, a intimação levanta uma dúvida. Retaliação ou elucidação?
Nos bastidores, é dito que a convocação é o primeiro passo para uma retaliação a Kalil após ele ter se referido aos vereadores como “boçais” e “politiqueiros”. A declaração do prefeito foi em referência à não aprovação, em março, de projeto que autorizava a prefeitura a contrair empréstimo de quase R$ 1 bilhão para obras na avenida Vilarinho e na ocupação Isidora.
A decisão do Legislativo ocorre justamente após os vereadores repudiarem o ato em plenário, e a presidente da Câmara, Nely Aquino (Podemos), se reunir com o chefe de gabinete do prefeito, Alberto Lage, na terça-feira. O requerimento foi apresentado por Juliano Lopes (Agir), presidente da CPI, anteontem, um dia após a fala do prefeito. O próximo alvo seria Adalclever Lopes, secretário de Governo e responsável pela interlocução entre os Poderes.
A assessoria de imprensa da prefeitura foi procurada por telefone e solicitou o envio de um e-mail, que não tinha sido respondido até a conclusão desta reportagem. Nely disse não acreditar em retaliação e que a convocação de Adriana faz sentido por ela ser responsável por uma pasta que teve gastos na pandemia.
Texto
O documento assinado por Lopes aponta que Adriana “é peça fundamental para elucidar os questionamentos” da CPI, “tendo em vista sua atuação direta nas medidas sanitárias adotadas no município, como fica evidenciado pelas portarias por ela assinadas”.
Segundo ele, há documentos de quando Adriana assumiu a chefia de gabinete interinamente que justificam a convocação. “A atuação no processo decisório da adoção de medidas sanitárias para o município é elemento suficiente para embasar a oitiva proposta, sendo seu depoimento de importância ímpar para compreensão da atuação da PBH”, destacou no documento.
Em contato com a reportagem, o vereador disse que a convocação de Adriana Branco não é uma retaliação. Ele disse que ela estava dentro de uma programação feita pelo colegiado, mas não falou sobre o fato de o requerimento ter sido apresentado um dia antes da decisão.
O presidente da CPI quer ouvir da secretária “como foi a postura dela em relação a verbas de publicidade distribuída, qual foi a atuação dela para o fechamento do comércio e se participou dos recursos doados para as empresas de ônibus, já que é uma pessoa bem influente”. Lopes não descartou que a CPI convoque outros membros do alto escalão da PBH.
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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 instalada na Câmara Municipal de Belo Horizonte aprovou ontem a convocação da atual secretária municipal de Assuntos Institucionais e Comunicação Social da prefeitura, Adriana Branco, para depor no dia 26.
Por ser o braço direito do prefeito Alexandre Kalil (PSD), desde quando ele era presidente do Atlético, a intimação levanta uma dúvida. Retaliação ou elucidação?
Nos bastidores, é dito que a convocação é o primeiro passo para uma retaliação a Kalil após ele ter se referido aos vereadores como “boçais” e “politiqueiros”. A declaração do prefeito foi em referência à não aprovação, em março, de projeto que autorizava a prefeitura a contrair empréstimo de quase R$ 1 bilhão para obras na avenida Vilarinho e na ocupação Isidora.
A decisão do Legislativo ocorre justamente após os vereadores repudiarem o ato em plenário, e a presidente da Câmara, Nely Aquino (Podemos), se reunir com o chefe de gabinete do prefeito, Alberto Lage, na terça-feira. O requerimento foi apresentado por Juliano Lopes (Agir), presidente da CPI, anteontem, um dia após a fala do prefeito. O próximo alvo seria Adalclever Lopes, secretário de Governo e responsável pela interlocução entre os Poderes.
A assessoria de imprensa da prefeitura foi procurada por telefone e solicitou o envio de um e-mail, que não tinha sido respondido até a conclusão desta reportagem. Nely disse não acreditar em retaliação e que a convocação de Adriana faz sentido por ela ser responsável por uma pasta que teve gastos na pandemia.
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O documento assinado por Lopes aponta que Adriana “é peça fundamental para elucidar os questionamentos” da CPI, “tendo em vista sua atuação direta nas medidas sanitárias adotadas no município, como fica evidenciado pelas portarias por ela assinadas”.
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