Brasil247 - A Receita Federal, juntamente com o Ministério Público do Rio de Janeiro, vai ampliar as investigações da Operação Intocável, que apura a atuação das milícias no Estado. Um do salvos centrais é o ex-capitão da Polícia Militar (PM) Adriano Magalhães da Nóbrega. A mulher e mãe do ex-PM, apontado como chefe do chamado "Escritório do Crimee suspeito do assassinato da vereadora Marielle Franco(PSOL-RJ), trabalharam até o ano passado no gabinete do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, quando este ocupava uma cadeira de deputado na Assembleia Legislativa do Rio de janeiro (Alerj).
A Receita federal já vinha atuando na análise das transações atípicas de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro. Queiroz foi alvo de um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) devido a uma movimentação incomum de cera de R$ 1,2 milhão. De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, Danielle Mendonça da Costa Nóbrega mulher do ex-PM, trabalhou no gabinete do parlamentar entre 6 de setembro de 2007 até 14 de novembro do ano passado.
Raimunda Veras Magalhães, mãe de Adriano, trabalhou para Flávio Bolsonaro no período compreendido entre 11 de maior de 2016 até o dia 14 de novembro de 2018. Segundo o relatório do Coaf, elas recebiam salários de R$ 6.490,35. Raimunda teria repassado R$ 4,6 mil para a conta de Queiroz.
Como deputado estadual, Flávio Bolsonaro defendeu a atuação das milícias no rio de Janeiro e chegou a afirmar que "a milícia nada mais é do que um conjunto de policiais buscando expurgar do seio da comunidade o que há de pior: os criminosos", além de dizer que eles (milicianos) sofreriam uma "perseguição injusta".
O senador Flávio Bolsonaro disse, por intermédio de sua assessoria, que está sendo alvo de uma "perseguição política" e que "repudia a tentativa de imputar irregularidades e crimes onde não há".