O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que as mudanças na estratégia da vacinação contra a Covid-19 colaboraram para a falta de vacinas em vários estados brasileiros. Esta é também a opinião de especialistas.

Marcelo Queiroga declarou que o atraso na vacinação "decorre da aplicação da segunda dose como primeira dose". 

Dois dias antes de sair do cargo, general Eduardo Pazuello deu ordem para que os estados não estocassem vacinas para a segunda dose. Agora, faltam vacinas e secretarias regionais precisam gerenciar atrasos, destaca reportagem publicada neste domingo pelo G1.


As mudanças na estratégia da vacinação contra a Covid-19 colaboraram para a falta de vacinas em vários estados brasileiros, segundo o atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e especialistas. Na última semana, pelo menos oito capitais do país pararam a imunização por falta de doses.

Segundo a reportagem, o Ministério da Saúde não seguiu a recomendação dos especialistas, que determina que se deve guardar vacinas com prazo de validade relativamente curto e que exigem duas doses.


Quando o general Eduardo Pazuello era ministro da Saúde, ele orientou as prefeituras a usar todo o estoque para garantir a primeira dose sem se preocupar com a segunda dose. Pazuello dizia que “com a liberação para aplicação de imediato de todo o estoque de vacinas guardadas nas secretarias municipais, vamos conseguir dobrar a aplicação".

Em 26 de abril, o novo ministro, Marcelo Queiroga, foi ao Senado para dizer que a orientação mudou e que, agora, o Ministério pede para que os estados armazenem metade do estoque para usar na segunda dose.