O senador que implorou, “pelo amor de Deus”, para que os Estados Unidos invadissem o Brasil já custou aos cofres públicos, só de despesas extras e de cota parlamentar, nada menos que R$ 1.549.803,34, desde que tomou posse, em 2019. Marcos do Val, do Podemos do Espírito Santo, também tem 36 funcionários a seu dispor, assim como o habitual apartamento funcional no Plano Piloto e um salário de R$ 46.366,19.

Uma das despesas, aliás, é uma viagem oficial de 11 dias aos Estados Unidos em 2023.

Apesar de todo esse custo ao erário, Marcos do Val, que já protagonizou cenas patéticas no plenário, é tido como um senador “café com leite”. O que ele faz, como o recente vídeo pedindo a nada patriótica invasão do Brasil, não comove ou incomoda mais seus colegas no Senado nem no partido.

Desde terça-feira, circula pelas redes sociais o vídeo em que o parlamentar implora pela invasão americana como forma de “recuperar a democracia”, pois, para ele, o Brasil sofreu um golpe. Não o golpe que é investigado pela Polícia Federal e foi denunciado ao STF pela PGR. O suposto golpe teria sido a derrota de Jair Bolsonaro nas urnas. O vídeo não tem data.

O senador não pode usar suas redes sociais porque foram suspensas pelo STF depois de seus ataques aos ministros, sobretudo a Alexandre de Moraes. Nesse vídeo, ele volta a criticar Moraes.

Senadores que têm acompanhado o caso afirmaram que, embora o episódio possa ensejar uma discussão sobre eventual quebra de decoro, ninguém quer brigar com Marcos do Val no Senado. É o tal do deixa quieto para não piorar.