A Copasa, a Cemig e a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) poderão ser repassadas ao governo federal, conforme prevê plano alternativo para quitar a dívida do Estado com a União. A informação foi dada nesta quarta-feira (22) pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que participou de reunião com o governador Romeu Zema (Novo), em Brasília. A dívida passa de R$ 160 bilhões.

Segundo Pacheco, o chefe do Executivo estadual se mostrou “sensível e com disposição” de federalizar as principais estatais. “Falamos da Copasa, da Cemig e da Codemig e sempre houve nitidamente uma disposição, inclusive, de venda desses ativos para a iniciativa privada. Então, nada impede também que se faça uma federalização, eventualmente em melhores condições para o estado, como uma forma de pagamento da dívida”.

A proposta faz parte do plano apresentado por Pacheco para equacionar a dívida do Estado com a União. Na última quinta (16), o presidente do Senado já havia apresentado uma alternativa ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), já que, segundo ele, podem existir outras medidas.
Na reunião em Brasília, Zema também discutiu a dívida do Estado com o ministro Fernando Haddad. O governo de Minas busca, em conjunto com Ministério da Fazenda, prorrogar prazo de adesão ao RRF.

“Nós temos uma questão importante que é o prazo até dia 20 de dezembro para concluir a adesão ao RRF. Nós passamos isso para o ministro Fernando Haddad. Saio daqui extremamente satisfeito e esperançoso”, disse o governador.

Para o governador, Minas está diante de uma oportunidade de resolver um problema antigo. “Depois de décadas, os estados endividados, dentre eles Minas Gerais, têm uma perspectiva de uma solução definitiva para essa questão da dívida bilionária do Estado, que foi acumulada no passado".