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Depois da escalada de casos de agressões verbais entre parlamentares, a Câmara dos Deputados enfrenta o desafio de frear a "baixaria", como definiu o presidente da Casa, deputado Arthur Lira (PP-AL). Para resolver esses problemas, a aposta de Lira é no aliado Leur Lomanto Júnior (UB-BA), que assumiu a presidência do Conselho em 19 de abril e promete reprimir esses comportamentos.
Ao Correio, Lomanto disse aguardar a formalização dos primeiros processos contra parlamentares. Até ontem, as representações ainda não haviam chegado ao colegiado. "A gente sabe que existem discussões acaloradas, discussões duras. Mas eu acho que nunca pode passar dos limites de uma boa conduta, não pode denegrir a imagem da Câmara dos Deputados", disse o novo presidente do Conselho de Ética da Câmara.
Entre os episódios que o Conselho deve examinar está a ameaça de agressão do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) contra o petista Dionilso Marcon (RS), após este último afirmar que a facada contra o então candidato a presidente era "fake". O filho 03 retrucou: "Vou dar uma facada no seu bucho e quero ver o que você vai fazer, seu Zé".
Outro caso é a declaração transfóbica do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG). Na tribuna do Plenário, Nikolas usou uma peruca loira e se autodenominou "Nicole" para afirmar que as mulheres estão perdendo espaço para "homens que se sentem mulheres". Dias depois, na participação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, na Comissão de Constituição e Justiça, o deputado André Janones (Avante-MG), xingou o deputado Nikolas de "Nicole chupetinha", ao que o Nikolas prometeu ingressar com uma representação no Conselho de Ética contra Janones.
Outro processo que deve chegar ao Conselho de Ética envolve a deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC). Ela acusa o deputado Márcio Jerry (PCdoB-MA) de cometer assédio ao falar de forma inapropriada ao seu ouvido durante uma discussão acalorada em outra comissão.
Lomanto avalia que há excessos na Casa. "O que a gente vem assistindo nessas discussões ultrapassa todos os limites, partindo para agressões verbais, xingamentos, palavrões e, muitas vezes, chega-se perto de uma agressão física. A Câmara, como um todo, vai ser firme e colocar ordem para que essas coisas não aconteçam", acredita o parlamentar.
Lomanto entende que o conselho "tem que ser rigoroso", mas também pondera que espera realizar um trabalho educativo na Câmara. "Não é só uma questão punitiva, temos que fazer um trabalho de conscientização, de diálogo com os líderes, com os parlamentares para observarem as condutas dentro do parlamento", disse o deputado.
Aliado de Lira
O novo presidente do Conselho é uma indicação do União Brasil para o presidente Arthur Lira. "Para mim é uma honra ter assumido essa desafiadora missão, em um momento conturbado que a gente atravessa na política brasileira, principalmente depois das eleições presidenciais, em que tivemos uma disputa muito acirrada com ânimos exaltados", disse o deputado.
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Ao Correio, Lomanto disse aguardar a formalização dos primeiros processos contra parlamentares. Até ontem, as representações ainda não haviam chegado ao colegiado. "A gente sabe que existem discussões acaloradas, discussões duras. Mas eu acho que nunca pode passar dos limites de uma boa conduta, não pode denegrir a imagem da Câmara dos Deputados", disse o novo presidente do Conselho de Ética da Câmara.
Entre os episódios que o Conselho deve examinar está a ameaça de agressão do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) contra o petista Dionilso Marcon (RS), após este último afirmar que a facada contra o então candidato a presidente era "fake". O filho 03 retrucou: "Vou dar uma facada no seu bucho e quero ver o que você vai fazer, seu Zé".
Outro caso é a declaração transfóbica do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG). Na tribuna do Plenário, Nikolas usou uma peruca loira e se autodenominou "Nicole" para afirmar que as mulheres estão perdendo espaço para "homens que se sentem mulheres". Dias depois, na participação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, na Comissão de Constituição e Justiça, o deputado André Janones (Avante-MG), xingou o deputado Nikolas de "Nicole chupetinha", ao que o Nikolas prometeu ingressar com uma representação no Conselho de Ética contra Janones.
Outro processo que deve chegar ao Conselho de Ética envolve a deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC). Ela acusa o deputado Márcio Jerry (PCdoB-MA) de cometer assédio ao falar de forma inapropriada ao seu ouvido durante uma discussão acalorada em outra comissão.
Lomanto avalia que há excessos na Casa. "O que a gente vem assistindo nessas discussões ultrapassa todos os limites, partindo para agressões verbais, xingamentos, palavrões e, muitas vezes, chega-se perto de uma agressão física. A Câmara, como um todo, vai ser firme e colocar ordem para que essas coisas não aconteçam", acredita o parlamentar.
Lomanto entende que o conselho "tem que ser rigoroso", mas também pondera que espera realizar um trabalho educativo na Câmara. "Não é só uma questão punitiva, temos que fazer um trabalho de conscientização, de diálogo com os líderes, com os parlamentares para observarem as condutas dentro do parlamento", disse o deputado.
Aliado de Lira
O novo presidente do Conselho é uma indicação do União Brasil para o presidente Arthur Lira. "Para mim é uma honra ter assumido essa desafiadora missão, em um momento conturbado que a gente atravessa na política brasileira, principalmente depois das eleições presidenciais, em que tivemos uma disputa muito acirrada com ânimos exaltados", disse o deputado.