A maioria dos prefeitos cobrou melhores condições do governo de Minas em assembléia realizada pela Associação Mineira dos Municípios (AMM)
Em assembleia da Associação Mineira dos Municípios (AMM), na tarde desta quarta-feira (20), os prefeitos recusaram um acordo com o governo de Minas para o pagamento de repasses atrasados.
A maioria dos 328 prefeitos decidiu que o presidente da AMM, prefeito de Moema Julvan Lacerda, deve continuar negociando melhores condições para um acordo entre prefeituras e governo estadual.
A maioria dos 328 prefeitos decidiu que o presidente da AMM, prefeito de Moema Julvan Lacerda, deve continuar negociando melhores condições para um acordo entre prefeituras e governo estadual.
O encontro foi marcado por muitos ataques de prefeitos ao governador Romeu Zema (Novo), que teria, segundo os gestores municipais, demonstrado que não tem palavra ao manter o decreto que retém os recursos constitucionais.
Julvan apresentou aos prefeitos a proposta negociada com o Estado que atrela os repasses à aprovação do regime de renegociação da dívida de Minas com a União. "Sou contra abrirmos mão de mais de 1 bilhão que é nosso de direito. Zema está com essa conversinha dele que conseguiu um superávit de 4 bilhões e quer adiar e parcelar nossos repasses? Estamos ficando com cara de palhaço", afirmou Luciano Sartori, prefeito de Pescador.
Alguns prefeitos ponderaram que "qualquer acordo é melhor do que nenhum acordo", mas a maioria cobrou prazos menores para os pagamentos do governo estadual.
A principal preocupação dos prefeitos mineiros em atrelar a regularização dos repasses ao programa de renegociação da dívida com a União é a demora no acerto com o governo federal.
"O Rio de Janeiro levou dois anos para fechar esse acordo", reclamou um dos prefeitos em um dos momentos acalorados da Assembleia. "Isso aí envolve privatizar Cemig ou a Copasa, não vai sair tão cedo", gritou outro prefeito.
"O Rio de Janeiro levou dois anos para fechar esse acordo", reclamou um dos prefeitos em um dos momentos acalorados da Assembleia. "Isso aí envolve privatizar Cemig ou a Copasa, não vai sair tão cedo", gritou outro prefeito.
O presidente da AMM afirmou que ainda hoje vai comunicar ao governo a rejeição do acordo da forma como está e buscará melhores condições no pagamento das dívidas do estado com as prefeituras.
Procurado pela reportagem para comentar a decisão dos prefeitos, o governo de Minas ainda não se posicionou.