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A aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que elimina a exigência de referendo popular para a privatização da Copasa, nesta segunda-feira (15/9), na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), não passou sem forte resistência da oposição. O tom dos discursos mirou não apenas o conteúdo da proposta, mas também o projeto político do governador Romeu Zema (Novo), que já se movimenta como pré-candidato à Presidência em 2026.
Durante a sessão, o deputado Professor Cleiton (PV) ironizou: “Bateu desespero na Faria Lima, caso Zema for candidato deles”, associando o debate sobre a privatização ao interesse do mercado financeiro. Jean Freire (PT) reforçou a crítica ao governador com uma metáfora: “Esse governador que ama tanto banana, entregando a empresa de Minas a preço de banana”. Cristiano Silveira (PT) também questionou o impacto político da medida: “Mexer em uma empresa pública dessa forma é ignorar a população, que deveria ser chamada a decidir”.
As falas expuseram o temor da oposição de que o projeto de Zema em Minas funcione como vitrine para sua candidatura nacional. Para os críticos, avançar na privatização da Copasa sem ouvir a sociedade reforça um modelo de governo voltado para agradar o mercado financeiro e pavimentar a construção de uma imagem liberal no cenário nacional.
O que muda
A PEC aprovada prevê que a venda das ações da Copasa, quando vinculada ao abatimento da dívida estadual com a União, dispense o referendo popular. O substitutivo apresentado pelo relator Thiago Cota (PDT) limita a mudança apenas à estatal de saneamento, preservando a exigência de consulta popular para empresas como Cemig e Gasmig.
Votaram a favor Doorgal Andrada (PRD), Maria Clara Marra (PSDB), Amanda Teixeira Dias (PL) e Thiago Cota. Apenas Jean Freire e Cristiano Silveira, ambos do PT, foram contrários.
Plebiscito e mobilização social
A oposição reforçou o contraste entre a decisão parlamentar e a consulta popular realizada no ano passado. O Plebiscito Popular em Defesa das Estatais ouviu mais de 300 mil pessoas em 120 municípios, e 95% rejeitaram a privatização de empresas como Cemig, Copasa, Gasmig, Codemge e Codemig. Outros 98% defenderam a manutenção da exigência de referendo.
Movimentos sociais têm chamado a proposta de “PEC do Cala a Boca”, afirmando que o objetivo é silenciar a população e retirar dela o direito de decidir sobre o futuro das estatais.
Próximos passos
Com o aval da CCJ, a PEC segue para uma Comissão Especial antes de ser analisada em dois turnos no plenário. A oposição promete manter a estratégia de obstrução em todas as etapas, enquanto o governo busca acelerar a tramitação com o argumento de que a medida é essencial para viabilizar a adesão de Minas ao Programa de Pleno Pagamento das Dívidas dos Estados (Propag).
Apesar da vitória inicial do governo, a votação de hoje mostrou que o debate em torno da Copasa extrapola a gestão mineira e já se projeta no tabuleiro nacional, onde Zema tenta consolidar sua imagem como presidenciável de 2026.
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Durante a sessão, o deputado Professor Cleiton (PV) ironizou: “Bateu desespero na Faria Lima, caso Zema for candidato deles”, associando o debate sobre a privatização ao interesse do mercado financeiro. Jean Freire (PT) reforçou a crítica ao governador com uma metáfora: “Esse governador que ama tanto banana, entregando a empresa de Minas a preço de banana”. Cristiano Silveira (PT) também questionou o impacto político da medida: “Mexer em uma empresa pública dessa forma é ignorar a população, que deveria ser chamada a decidir”.
As falas expuseram o temor da oposição de que o projeto de Zema em Minas funcione como vitrine para sua candidatura nacional. Para os críticos, avançar na privatização da Copasa sem ouvir a sociedade reforça um modelo de governo voltado para agradar o mercado financeiro e pavimentar a construção de uma imagem liberal no cenário nacional.
O que muda
A PEC aprovada prevê que a venda das ações da Copasa, quando vinculada ao abatimento da dívida estadual com a União, dispense o referendo popular. O substitutivo apresentado pelo relator Thiago Cota (PDT) limita a mudança apenas à estatal de saneamento, preservando a exigência de consulta popular para empresas como Cemig e Gasmig.
Votaram a favor Doorgal Andrada (PRD), Maria Clara Marra (PSDB), Amanda Teixeira Dias (PL) e Thiago Cota. Apenas Jean Freire e Cristiano Silveira, ambos do PT, foram contrários.
Plebiscito e mobilização social
A oposição reforçou o contraste entre a decisão parlamentar e a consulta popular realizada no ano passado. O Plebiscito Popular em Defesa das Estatais ouviu mais de 300 mil pessoas em 120 municípios, e 95% rejeitaram a privatização de empresas como Cemig, Copasa, Gasmig, Codemge e Codemig. Outros 98% defenderam a manutenção da exigência de referendo.
Movimentos sociais têm chamado a proposta de “PEC do Cala a Boca”, afirmando que o objetivo é silenciar a população e retirar dela o direito de decidir sobre o futuro das estatais.
Próximos passos
Com o aval da CCJ, a PEC segue para uma Comissão Especial antes de ser analisada em dois turnos no plenário. A oposição promete manter a estratégia de obstrução em todas as etapas, enquanto o governo busca acelerar a tramitação com o argumento de que a medida é essencial para viabilizar a adesão de Minas ao Programa de Pleno Pagamento das Dívidas dos Estados (Propag).
Apesar da vitória inicial do governo, a votação de hoje mostrou que o debate em torno da Copasa extrapola a gestão mineira e já se projeta no tabuleiro nacional, onde Zema tenta consolidar sua imagem como presidenciável de 2026.