APÓS SOLTURA

Em discurso realizado em São Bernardo, em São Paulo, na tarde deste sábado (9), o ex-presidente Lula falou a respeito do ministro Ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil, Sergio Moro, e do procurador da República Deltan Dallagnol.

"Eu tomei a decisão de ir para a Polícia Federal,eu poderia ter ido a outro país, mas eu fui à polícia porque eu preciso provar que o juiz Moro é um canalha e que o Deltan Dallagnol não representa Ministério Público,  que é uma instituição séria, ele montou uma quadrilha. Eu tenho certeza que os delegados que fizeram o inquérito contra mim mentiram em cada palavra que escreveram", disse. 

No início do discurso, ele ainda falou sobre a Rede Globo, que transmite o discurso dele ao vivo. "Lá em cima, está o helicóptero da Rede Globo de Televisão para falar merda outra vez", falou.

O ex-presidente disse que permaneceu 580 dias em uma solitária. "Na quinta-feira, tinha meus filhos e minha companheira Janja com quem eu vou casar", ainda falou. Ele repetiu o discurso do dia 7 de abril, quando disse: "vocês podem prender o homem, mas não a ideia".

"Eu estou sem emprego, mas, mais do que nunca, eu quero lutar pelo povo brasileiro. Eu quero lutar para que ele vá ao cinema e faça um churrasco no fim de semana com a família", falou.

Marielle

Durante o discurso, Lula também cobrou investigações sobre a morte de Marielle e se dirigiu à família Bolsonaro. "Ele tem que explicar aonde está o Queiroz, onde ele construiu um patrimônio com 17 casas, quero que eles expliquem como não vão aumentar mais o salário mínimo e porque quero acabar com a nossa Petrobras", disse.

Chegada ao ABC

Lula foi recebido no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC pelo ex-presidente do PT José Genoíno, o deputado José Guimarães (PT-CE) e o coordenador nacional do MST, João Paulo Rodrigues, o ex-prefeito de São Bernardo Luiz Marinho, entre outros nomes petistas. Também está presente o ex-presidenciável do PSOL, Guilherme Boulos.

O ex-presidente chegou ao local acompanhado do ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, do líder do PT na câmara, Paulo Pimenta, e do deputado federal Marcelo Freixo (PSOL).

Vários apoiadores do ex-presidente também se aglomeram em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Lula deve fazer um discurso na sede em São Bernardo. (Com Estadão Conteúdo)