MOTIM

O deputado federal Marcos Pollon (PL-MS) argumentou, em vídeo postado nas redes sociais, que, por ser autista, não havia entendido que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), queria ocupar a sua cadeira na Casa.

O sul-mato-grossense estava sentado na cadeira do presidente, enquanto o deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS) estava sentado em uma cadeira colocada no lugar onde fica o presidente.

"Estão dizendo que ele sentou na cadeira do Hugo Motta e que ele me incentivou a ficar lá. Isso é mentira. Olhem as imagens. Eu sou autista e não estava entendendo o que estava acontecendo naquele momento", afirmou o parlamentar, que fez parte do movimento de obstrução física para impedir a abertura dos trabalhos.

Diante da insistência dos deputados bolsonaristas de desocuparem a Mesa Diretora, Motta decidiu pedir o afastamento, por até seis meses, de 14 deputados amotinados e, por uma suposta agressão, a uma deputada governista.

Em vídeo publicado pelo deputado bolsonarista, ele afirma que não iria sair do lugar por não estar entendendo e que o político gaúcho estava ali para dar suporte. Em outro momento, ele disse que só sairia da cadeira da presidência quando houvesse um acordo pela anistia dos criminosos por tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023.

Já van Hattem, ao ser questionado porque resistiu em sair dos lugares da mesa diretora, deu uma explicação distinta de Pollon. Ele argumentou que os dois ficaram por não saberem da tratativa entre os líderes.

Além de Pollon e van Hattem, os deputados Zé Trovão (PL-SC), Júlia Zanatta (PL-SC), Paulo Bilynskyj (PL-SP), Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), Nikolas Ferreira (PL-MG), Zucco (PL-RS), Allan Garcês (PL-TO), Caroline de Toni (PL-SC), Marco Feliciano (PL-SP), Bia Kicis (PL-DF), Domingos Sávio (PL-MG) e Carlos Jordy (PL-RJ) são alvos de denúncia que pedem a suspensão de seus mandatos.

A deputada federal Camila Jara (PT-MS) foi alvo também de pedido por supostamente ter agredido o deputado Nikolas Ferreira.